2002, ou antes. É nesse ano, talvez tardiamente (ou não), que a paixão pelo futebol começa. Com ela, vem o gosto por revistas e jornais.
A rotina naquela época: ir às bancas quase todos os dias. Jornais e revistas sobre o esporte mais apaixonante eram reservados para aquele garoto de 10 anos.
Aos poucos, o vínculo com os periódicos torna-se mais forte. A ponto até do menino, um gordinho chamado de “CDF” na escola ou nerd, ter ciúmes daquele monte de folhas de papel, consideradas por ele valiosas, verdadeiras jóias.
Um certo dia, o ciúme possessivo pelas revistas se revelou forte, intenso. A audácia do irmão pequeno do garoto. O menininho rasgou uma página. Ihh, rapaz… Só pôde ser ouvido o choro, lágrimas escorriam. Misto de raiva e tristeza, fúria e angústia.
Esse foi só um exemplo. O menino começava a criar relações mais próximas com tudo aquilo. Até que cresceu. Raízes mais fortes. No colegial, a descoberta ficou mais clara.
Meados de 2006. A certeza: o jornalismo. Por quê? Até hoje, a resposta objetiva e racional é, de certo modo, parcial.
Sim, você não errou ao ler. A pequena história contada acima é minha. Foi assim que a paixão pelo jornalismo criou raízes, está crescendo cada dia mais. Frutos? Torço por muitos. Pequenos? Não, grandes, maduros e bem sólidos.
Até onde vai? A imensidão é menor, só isso pode ser dito.
Viver o jornalismo é, atualmente, buscar respostas e encontrar mais perguntas. Questões e mais questões. Dúvidas, fruto da procura por mais conhecimento.
E para isso, utilizo-me das mediações, conceitos que aprendi (e venho aprendendo) na vida, a escola sociocultural do mundo inteiro. Cada dia, corro atrás de mais textos culturais para minha vida, eles tecerão minhas experiências.
Ser flâneur, antes de tudo: um observador atento. Ser jornalista, sempre: um observador atento misturado com indivíduo curioso, indagador e questionador. Sem dúvida, um profundo louco pelo que faz.
Ainda não conheço por completo (aliás, nunca conhecerei) o mundo jornalístico. Mas o que já conheço me faz amar. E viver cada dia para amar mais. O resto são reflexões. Sobra o famoso “etc”.
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