Ele acorda às 7h toda manhã, mas hoje resolveu prolongar o sono. Nada mais justo. Ou não. Quase 9h, pulou da cama, esticou os braços como não fazia há muito tempo. Alguns minutos depois, sintonizou na Band News FM. Na frequência, o colunista José Simão fazia suas piadinhas - para alguns, sem graça; para outros, provocadoras de gargalhadas.
Às 10h em ponto, estava pisando no chão do local de trabalho. Mas alegre e saltitante, afinal o final de semana se aproximava. Nas primeiras horas de serviço, nenhuma novidade. O futuro jornalista só não esperava por certos causos, se é que assim chamamos determinadas situações. Curiosas, de primeiro momento. Provocadoras de tensão, no minuto seguinte.
Quando tudo corria bem, o pânico tomou conta. Mãos esfriaram, o coração gelou. Afinal, o que houve? Nada de grave, uma pasta sumiu do computador. Sem preocupações, ok? Engana-se quem pensou assim. Os documentos contidos naquela bendita pasta desapareceram da rede! Caso não fossem encontrados, quase um ano de trabalho seria jogado no lixo. Porém, não estamos lidando com papeis, o que significa que aqueles arquivos tinham 0,01% de chances de serem recuperados. O que falei sobre a cara do sujeito: pânico, certo?
Naquele instante, o calor que entrava pela janela do 13º andar não aliviava o misto de fúria, tensão e tristeza. E o pior de tudo: a inconstante hora do almoço (ele almoçava em horários diferentes em cada dia) estava próxima. Bom, pelo menos a alimentação poderia trazer conforto à mente daquele indivíduo que se viu isolado em meio a uma sala com dez pessoas. Não, não. A comida passou seca pelo estômago. A cada instante em que olhava para o computador e observava a ausência da bendita (naquela altura, já tinha virado maldita) pasta, seu corpo parecia cada vez mais ser coberto por uma geleira.
Todos voltaram do período sagrado do almoço. O jovem resolveu fazer uma ligação que completaria um trabalho importante. Quando balbuciou as primeiras palavras ao telefone, ouviu vozes no fundo. Sua atenção voltou-se para o que ocorria ao redor. Pediu desculpas ao rapaz com quem falava e disse que ligaria após alguns instantes. Com um misto de raiva e alegria, colocou o telefone no gancho. Mas, afinal, o que o sujeito ouviu? Adivinhem!
A pasta. Quando escutou falarem "A pasta do fulano está naquela pasta do cicrano", sentiu vontade de gritar. Sentiu desejo de pular. Porém, só riu. E quase chorou. Quis sair correndo, não conseguiu. Só pôde comemorar e, sim, voltar ao trabalho. Retomar a ligação que teve de desligar por conta daquele fato incrível. Talvez ele até fosse veiculado no portal de notícias mais atualizado, aqueles em que "sobem" notícias numa fração de minutos.
Por falar em notícias, o jovem futuro jornalista ainda ganharia o dia. Sua sexta-feira seria contornada por um acontecimento memorável. Não, ele não ficou sabendo sobre outro desaparecimento de pasta virtual. Somente conquistou uma entrevista para um grande veículo paulistano. E o frio? Sumiu por completo. Precisou até ligar o ar condicionado da sala para aliviar o calor que sentiu ao conseguir tal feito. Contou para todo mundo, exerceu seu lado jornalista mais louco e estranho, talvez o mais normal: a mania de sair divulgando por aí uma informação.
E quando o relógio marcava 17h45, fechou o dia. Efusivamente, deixou o local de trabalho, com a missão diária cumprida. Aliás, mais que cumprida. Numa sexta-feira doida, experimentou de tudo: do gelo presente no nervosismo ao calor da emoção positiva. Correu para casa. Só faltou gritar, com toda força possível: It's friday! Foi a primeira frase que disse (e escreveu) ao começar o dia. E que dia!
Às 10h em ponto, estava pisando no chão do local de trabalho. Mas alegre e saltitante, afinal o final de semana se aproximava. Nas primeiras horas de serviço, nenhuma novidade. O futuro jornalista só não esperava por certos causos, se é que assim chamamos determinadas situações. Curiosas, de primeiro momento. Provocadoras de tensão, no minuto seguinte.
Quando tudo corria bem, o pânico tomou conta. Mãos esfriaram, o coração gelou. Afinal, o que houve? Nada de grave, uma pasta sumiu do computador. Sem preocupações, ok? Engana-se quem pensou assim. Os documentos contidos naquela bendita pasta desapareceram da rede! Caso não fossem encontrados, quase um ano de trabalho seria jogado no lixo. Porém, não estamos lidando com papeis, o que significa que aqueles arquivos tinham 0,01% de chances de serem recuperados. O que falei sobre a cara do sujeito: pânico, certo?
Naquele instante, o calor que entrava pela janela do 13º andar não aliviava o misto de fúria, tensão e tristeza. E o pior de tudo: a inconstante hora do almoço (ele almoçava em horários diferentes em cada dia) estava próxima. Bom, pelo menos a alimentação poderia trazer conforto à mente daquele indivíduo que se viu isolado em meio a uma sala com dez pessoas. Não, não. A comida passou seca pelo estômago. A cada instante em que olhava para o computador e observava a ausência da bendita (naquela altura, já tinha virado maldita) pasta, seu corpo parecia cada vez mais ser coberto por uma geleira.
Todos voltaram do período sagrado do almoço. O jovem resolveu fazer uma ligação que completaria um trabalho importante. Quando balbuciou as primeiras palavras ao telefone, ouviu vozes no fundo. Sua atenção voltou-se para o que ocorria ao redor. Pediu desculpas ao rapaz com quem falava e disse que ligaria após alguns instantes. Com um misto de raiva e alegria, colocou o telefone no gancho. Mas, afinal, o que o sujeito ouviu? Adivinhem!
A pasta. Quando escutou falarem "A pasta do fulano está naquela pasta do cicrano", sentiu vontade de gritar. Sentiu desejo de pular. Porém, só riu. E quase chorou. Quis sair correndo, não conseguiu. Só pôde comemorar e, sim, voltar ao trabalho. Retomar a ligação que teve de desligar por conta daquele fato incrível. Talvez ele até fosse veiculado no portal de notícias mais atualizado, aqueles em que "sobem" notícias numa fração de minutos.
Por falar em notícias, o jovem futuro jornalista ainda ganharia o dia. Sua sexta-feira seria contornada por um acontecimento memorável. Não, ele não ficou sabendo sobre outro desaparecimento de pasta virtual. Somente conquistou uma entrevista para um grande veículo paulistano. E o frio? Sumiu por completo. Precisou até ligar o ar condicionado da sala para aliviar o calor que sentiu ao conseguir tal feito. Contou para todo mundo, exerceu seu lado jornalista mais louco e estranho, talvez o mais normal: a mania de sair divulgando por aí uma informação.
E quando o relógio marcava 17h45, fechou o dia. Efusivamente, deixou o local de trabalho, com a missão diária cumprida. Aliás, mais que cumprida. Numa sexta-feira doida, experimentou de tudo: do gelo presente no nervosismo ao calor da emoção positiva. Correu para casa. Só faltou gritar, com toda força possível: It's friday! Foi a primeira frase que disse (e escreveu) ao começar o dia. E que dia!
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