Lembranças de volta. Trechos são recordados com o desnudar de imagens. As visitas à oftalmologista na Rua Martins Fontes com a avó há muitos anos, cenas recentes ali perto, no Teatro de Arena. Tudo colore com histórias e memórias a paisagem do Centro visto em uma segunda-feira, na hora do almoço. Aquele fervilhar de gente, de engravatados a descolados.
Lá estávamos Inês, minha amiga e editora, e eu para um delicioso almoço num restaurante natural. A começar pelo momento, todo o restante foi incrível. Minutos a olhar as tradicionais galerias, dos sapateiros, dos objetos antigos, da São Paulo pouco vista hoje em dia, numa época de lugares glamourosos e requintados. Na calçada, os engraxates, figura esquecida. É... Mas eles ainda estão lá para tornar brilhantes e lustrosos os sapatos de executivos.
Na praça, os bares, cafés e restaurantes, de todos os tipos e para todos os gostos.
Andando mais um pouco, vemos o que parece ser outra banca de jornal. Paramos pra ver se vende bilhete único, pois Inês emprestara o seu para o filho caçula. Uma jovem responde que não, sorridente e escondida em meio a tantas revistas. Mas edições antigas, históricas. Que vontade de explorar aquele sebo, pena que o horário não permitia.
No mesmo Centro que me trouxe imagens de infância com cenas contemporâneas, Inês reencontrou uma amiga das antigas, de surpresa. Andávamos em direção ao ponto para pegar o ônibus e retornar à redação quando ouvimos "Inês Pereira!" em alto e bom som.
Era Cecilia uma produtora e que conhecia Inês há bastante tempo. Trocaram algumas palavras em uma energia por demais de positiva, como aquelas que sentimos ao curtir uns minutos flanando pelas ruas da Pauliceia.
E quem disse que a segundona não pode ter momentos alegres?
É sempre bom recordar momento bons da nossa vida. Pena que o Centro esteja um pouco decadente. Abraços!
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