quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A genialidade em escala nano: esperar para ver, viver para presenciar

Por: Deivison Julio*

Fala galerinha, este é meu primeiro artigo no “Fatos Globalizados”. Antes de tudo gostaria de dizer que é um prazer fazer parte da equipe e contribuir para a divulgação dos conhecimentos relacionados à área de tecnologia. Farei o possível para mantê-los informados sobre os passos deste mundo dinâmico e em constante desenvolvimento. Bom, agora sem mais delongas, vamos ao que interessa!

Ho
je resolvi trazer um tema muito interessante e que tende a ser muito falado nos próximos anos: nanorobôs. Alguns têm apenas uma idéia do que sejam, outros ainda acham que são coisas de filmes, neste caso não lhes tiro a razão, pois os filmes ajudaram e muito na divulgação deste conceito “aparentemente” inacessível à nós, meros cidadãos. Claro que se fôssemos olhar somente por esse ângulo ainda seria ficção, pois creio que estamos muito longe de ver computação gráfica, como no filme G.I. Joe (2009) de Stephen Sommers, por exemplo, se tornando realidade. Tá, mas antes de tudo, o que seria nanotecnologia?

Nanotecnologia é a capacidade potencial de construir coisas a partir de átomos (ou moléculas), colocando-os no lugar desejado. Molécula é um conjunto de dois ou mais átomos, átomo caso você não se lembre daquela aula de química da 5ª série, é a menor partícula da matéria, e matéria é tudo aquilo que ocupa lugar no espaço; objetos, substâncias, seres, etc. Ufa!

Continuando,
o termo nanotecnologia foi utilizado pela primeira vez por um professor chamado Norio Taniguchi da Universidade de Ciência de Tóquio em 1974, porém seu conceito já havia sido definido pelo físico Richard Philips Feynman em 1959, em uma de suas palestras. Mas foi somente em 2000 que a nanotecnologia começou a ser desenvolvida em laboratórios.

Obs: O prefixo nano é uma palavra que vem do grego e significa “anão”. No caso de um nanometro estariamos nos referindo a bilionésima parte de um metro, ou seja, só com a ajuda de um potente microscópio para enxergar algo deste tamanho!

Mas até aí nenhuma novidade, afinal diversas áreas de pesquisa como medicina, química, eletrônica, ciências da computação, já fazem uso da nanotecnologia na fabricação de materiais; exemplo disso são os transistores que executam a parte funcional do aparelho que você utiliza para ler este artigo, seja ele um desktop ou notebook.

Agora, e se em vez de peças estáticas com funções pré-definidas, tivéssemos robôs capazes de exercer atividades complexas que implicam em diferentes decisões? É aí que entram os nanorobôs!

Nada mais são do que micromecanismos de manipulação, capazes de mover e controlar objetos na escala nanométrica. Atualmente, dois tipos estão sendo pesquisados e desenvolvidos : os orgânicos, também denominados bionanorrobôs, e os inorgânicos. Os bionanorrobôs têm por base estruturas de DNA e materiais orgânicos inspirados em bactérias e vírus programados. Atuam detectando possíveis ameaças ao organismo humano. Já os inorgânicos, como próprio nome diz, têm sua arquitetura formada por componentes inorgânicos ou metálicos.

Com o aprimoramento do sistema de engenharia molecular, nos próximos séculos esses “pequenos ajudantes” vão ser de grande utilidade, dentre elas podemos citar algumas como:

• Proporcionar o surgimento de uma nova geração de componentes para as máquinas;
• duplicar qualquer coisa;
• remover poluentes do meio-ambiente;
• curar qualquer doença;
• e até mesmo retardar o envelhecimento ou aumentar a inteligência.

Ou seja, estaríamos falando de uma nova revolução industrial e, com relação à ciência, é como diria Neil Armstrong: um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade. Entretanto, até que ponto essa afirmação é verdadeira? Será algo restringido a uma minoria, ou amplamente disponível? O que aconteceria se isso caísse em mãos erradas? A quem pertencerá a tecnologia? É, esses são mais alguns dos mistérios da meia-noite...

Bom, pessoal, espero que vocês tenham gostado. Infelizmente por hoje é só. Até a próxima semana! (Foto: Divulgação)

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Como tudo funciona

Superinteressante

* Deivison Julio escreve às quartas-feiras sobre Tecnologia & Ciência.

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