Emoção até o fim. Essa frase pode resumir o tom da grande decisão da Copa do Mundo. O jogo entre Espanha e Holanda em Johannesburgo aconteceu ontem às 15h30. Sob frio, as duas seleções se enfrentaram em busca do título mundial inédito. Saiba como foi a partida.
A preparação
No vestiário, o clima de tensão tomava conta. O domingo era especial para cada um dos 46 atletas presentes, sem contar treinadores, preparadores físicos e outros profissionais. Pela primeira vez, uma das duas equipes destaques do futebol mundial seria campeã da Copa.
A campanha até aquele momento favorecia a Holanda. A seleção laranja havia vencido todas as suas partidas, o retrospecto era de 100%. Enquanto isso, os espanhois perderam na primeira rodada. Favoritismo dos holandeses, então? Não, não. Se levarmos em conta o retrospecto das duas seleções nos últimos anos, ficaríamos em dúvida quanto ao favorito.
Vuvuzelas ensurdecedoras, estádio lotado, noite fria. Foi nesse clima que os jogadores entraram no estádio Soccer City. Antes disso, Nelson Mandela já havia tornado aquela noite especial. E como na Copa vale tudo, até um torcedor pulou no gramado e tentou roubar a taça. Foi barrado pelos seguranças.
Hinos entoados, cumprimentos realizados. Estava tudo pronto para o grande jogo. Ao som do apito do árbitro inglês (que esqueci o nome, enfim...), a bola foi tocada no centro do campo. Começava naquele instante a 19ª final de Copa do Mundo, a primeira em solo africano.
O jogo
Todos aqueles cumprimentos antes da partida começar foram deixados de lado. No gramado, o sangue correu forte nas veias dos atletas, principalmente dos holandeses. As primeiras ações do jogo foram da Espanha. Com toque de bola e muita paciência, os espanhois começaram melhor.
Mesmo com mais posse da pelota, a seleção da Espanha não foi objetiva. Nos minutos iniciais, arriscou pouco considerando que a bola estava sob seu domínio. O artilheiro espanhol David Villa pouco apareceu e, quando chegou perto da meta de Stekelenburg, estava em posição irregular.
Aos poucos, a partida ficou com a configuração esperada. De um lado, a Espanha tocando mais a bola e tentando abrir espaços na marcação adversária. Enquanto isso, os holandeses buscavam nos contragolpes oportunidades de chegar ao gol de Casillas.
O que vimos na primeira etapa foi uma disputa bem violenta, isso sim. Recorde de cartões amarelos em uma só partida de Copa: foram distribuídos 13, sendo oito para a Holanda e cinco para os espanhois. Heitinga, da Holanda, ainda tomou seu segundo cartão amarelo e foi expulso.
Raras chances de gol, faltas violentas. Talvez esse tenha sido o cenário do primeiro tempo. Perguntou-se a todo momento: cadê a Fúria? E a Laranja ofensiva? Da parte da Holanda, a surpresa foi ter visto agressões fortes contra os jogadores espanhois. Alguns desses lances, como uma voadora contra o peito de Xabi Alonso, deveriam ter sido punidos com o cartão vermelho. No entanto, o árbitro inglês foi conivente com muitas jogadas violentas, aplicando somente o amarelo.
As duas seleções voltaram para o segundo tempo com mais disposição para jogar futebol. Ok, mas e as oportunidades de gol? Poucas. Ambas as equipes investiram no toque de bola. A Espanha foi superior no quesito e até errou menos passes. A Holanda jogava no contra-ataque e conseguia criar bons lances.
Aos 18 minutos, aconteceu a melhor jogada da partida. O meia Sneijder acertou um belo lançamento para Robben. O jogador saiu cara a cara com Casillas. E (creiam!) desperdiçou. A bola bateu no pé do goleiro e foi para escanteio. O holandês ainda protagonizaria uma oportunidade semelhante, também desperdiçada.
Até o final do tempo normal, as duas seleções criaram outras chances. Em vão. E o toque de bola paciente, faltando poucos minutos para o encerramento do jogo, revelou o desejo de ambas as equipes em disputar a prorrogação.
No tempo extra, o panorama do jogo não mudou muito: muito toque de bola e poucas chances concretas de gol. As criadas, porém, eram desperdiçadas. Destaque para um chute de Fabregas cara a cara com o goleiro Stekelenburg, bem semelhante com a jogada de Robben frente a Casillas.
Final do primeiro tempo da prorrogação, equipes trocaram de lado no campo. E aos 10 minutos da segunda etapa do tempo extra, os espanhois puderam gritar, pular e começar a entoar "É campeão!". Fabregas tocou para Iniesta. O atacante entrou na área e chutou sem chance de defesa para Stekelenburg. A Espanha abriu o marcador e decretou o resultado da partida sofrida.
Os holandeses tentaram alçar bolas aéreas. Correram, lutaram, suaram. Não deu. A nova campeã mundial de seleções é a Espanha. A Fúria conquistou seu primeiro título e entrou para o seleto grupo de campeões do mundo, ao lado de Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, França e Inglaterra. Bem-vinda, Fúria!
A preparação
No vestiário, o clima de tensão tomava conta. O domingo era especial para cada um dos 46 atletas presentes, sem contar treinadores, preparadores físicos e outros profissionais. Pela primeira vez, uma das duas equipes destaques do futebol mundial seria campeã da Copa.
A campanha até aquele momento favorecia a Holanda. A seleção laranja havia vencido todas as suas partidas, o retrospecto era de 100%. Enquanto isso, os espanhois perderam na primeira rodada. Favoritismo dos holandeses, então? Não, não. Se levarmos em conta o retrospecto das duas seleções nos últimos anos, ficaríamos em dúvida quanto ao favorito.
Vuvuzelas ensurdecedoras, estádio lotado, noite fria. Foi nesse clima que os jogadores entraram no estádio Soccer City. Antes disso, Nelson Mandela já havia tornado aquela noite especial. E como na Copa vale tudo, até um torcedor pulou no gramado e tentou roubar a taça. Foi barrado pelos seguranças.
Hinos entoados, cumprimentos realizados. Estava tudo pronto para o grande jogo. Ao som do apito do árbitro inglês (que esqueci o nome, enfim...), a bola foi tocada no centro do campo. Começava naquele instante a 19ª final de Copa do Mundo, a primeira em solo africano.
O jogo
Todos aqueles cumprimentos antes da partida começar foram deixados de lado. No gramado, o sangue correu forte nas veias dos atletas, principalmente dos holandeses. As primeiras ações do jogo foram da Espanha. Com toque de bola e muita paciência, os espanhois começaram melhor.
Mesmo com mais posse da pelota, a seleção da Espanha não foi objetiva. Nos minutos iniciais, arriscou pouco considerando que a bola estava sob seu domínio. O artilheiro espanhol David Villa pouco apareceu e, quando chegou perto da meta de Stekelenburg, estava em posição irregular.
Aos poucos, a partida ficou com a configuração esperada. De um lado, a Espanha tocando mais a bola e tentando abrir espaços na marcação adversária. Enquanto isso, os holandeses buscavam nos contragolpes oportunidades de chegar ao gol de Casillas.
O que vimos na primeira etapa foi uma disputa bem violenta, isso sim. Recorde de cartões amarelos em uma só partida de Copa: foram distribuídos 13, sendo oito para a Holanda e cinco para os espanhois. Heitinga, da Holanda, ainda tomou seu segundo cartão amarelo e foi expulso.
Raras chances de gol, faltas violentas. Talvez esse tenha sido o cenário do primeiro tempo. Perguntou-se a todo momento: cadê a Fúria? E a Laranja ofensiva? Da parte da Holanda, a surpresa foi ter visto agressões fortes contra os jogadores espanhois. Alguns desses lances, como uma voadora contra o peito de Xabi Alonso, deveriam ter sido punidos com o cartão vermelho. No entanto, o árbitro inglês foi conivente com muitas jogadas violentas, aplicando somente o amarelo.
As duas seleções voltaram para o segundo tempo com mais disposição para jogar futebol. Ok, mas e as oportunidades de gol? Poucas. Ambas as equipes investiram no toque de bola. A Espanha foi superior no quesito e até errou menos passes. A Holanda jogava no contra-ataque e conseguia criar bons lances.
Aos 18 minutos, aconteceu a melhor jogada da partida. O meia Sneijder acertou um belo lançamento para Robben. O jogador saiu cara a cara com Casillas. E (creiam!) desperdiçou. A bola bateu no pé do goleiro e foi para escanteio. O holandês ainda protagonizaria uma oportunidade semelhante, também desperdiçada.
Até o final do tempo normal, as duas seleções criaram outras chances. Em vão. E o toque de bola paciente, faltando poucos minutos para o encerramento do jogo, revelou o desejo de ambas as equipes em disputar a prorrogação.
No tempo extra, o panorama do jogo não mudou muito: muito toque de bola e poucas chances concretas de gol. As criadas, porém, eram desperdiçadas. Destaque para um chute de Fabregas cara a cara com o goleiro Stekelenburg, bem semelhante com a jogada de Robben frente a Casillas.
Final do primeiro tempo da prorrogação, equipes trocaram de lado no campo. E aos 10 minutos da segunda etapa do tempo extra, os espanhois puderam gritar, pular e começar a entoar "É campeão!". Fabregas tocou para Iniesta. O atacante entrou na área e chutou sem chance de defesa para Stekelenburg. A Espanha abriu o marcador e decretou o resultado da partida sofrida.
Os holandeses tentaram alçar bolas aéreas. Correram, lutaram, suaram. Não deu. A nova campeã mundial de seleções é a Espanha. A Fúria conquistou seu primeiro título e entrou para o seleto grupo de campeões do mundo, ao lado de Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, França e Inglaterra. Bem-vinda, Fúria!
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