domingo, 26 de fevereiro de 2012

Prazer que vem das palavras

Repentina e intensa; algo como o desejo por alimentar-se. Eis a vontade de escrever. Às vezes, não há ideias, só pensamentos que se confundem. Gostoso é deixar com que as palavras ganhem formas, combinem-se umas com as outras. Sentido? Ah, pensamos nisso depois. Só nos resta sonhar e transformar essas fantasias em texto. Faço isso neste instante. Por puro prazer - e um pouco de necessidade. Aquele momento em que precisamos nos desvelar. 

Mágico é esse ato, o de escrever. Agarra-nos com tamanha força que somos levados para outros mundos. Companheiro de viagens inesquecíveis, delírios saudáveis. Tudo tão sem sentido e, por isso mesmo, gostoso. Sem regras, caminhos definidos. Na estrada, só você, a imaginação e as palavras. Uma música de fundo pode, tudo bem! É devaneio que não acaba mais. Criamos personagens, histórias inconcebíveis na realidade nua e crua. São frutos de nossos desejos mais íntimos, profundos... (assim, com reticências).

As tão sonhadas (e impossíveis) asas para o ser humano. Liberdade. Pra que mais? Ok, mais um desejo: aquele vento suave a roçar nas bochechas. O cabelo esvoaçante, sem preocupação com o penteado. Não há limites. À sua frente, um caminho inteiro, vazio. Sol brilhando entre nuvens macias. Sensação de paz e tranquilidade. Palco perfeito para montar cenários, um roteiro possível só na imaginação. Direção por sua conta. Pronto, uma peça. 

A escrita assim, simples e descompromissada, é um convite para nossas loucuras. As mais intensas, quiçá proibidas - tudo mais saboroso. Ai, ai, ai...