domingo, 24 de novembro de 2013

Quietude

Às vezes a gente precisa de silêncio. Passar o domingo a ouvir a chuva que cai forte. Deixar que somente esse som nos tome de assalto. A vida tem dessas: dias quietos, com a boa solidão, aquela que nos faz pensar.

Não dá pra viver só em função da rotina ou de festividades. Um sopro de quietude é como um banho de mar que tomamos para repor energias, trocar de caminhos, ganhar fôlego para os próximos dias. Não se pode menosprezar um respiro em um domingo, afinal corremos tanto nos demais dias, deixamos as obrigações comandar.

Uma pausa, um cochilo, a noite com um bocado a mais de horas dormidas... Momentos de tranquilidade pra serenar a mente. Viva aos instantes de preguiça!

domingo, 4 de agosto de 2013

Um pouquinho de social


Três dias. Aliás, três noites. Saí. Precisava de um pouco de ar. Parecia sufocado com minhas ações impensadas dos dias anteriores. Tomei de assalto a rua, um dos melhores lugares para recuperar vida. E ganhei muito fôlego. Energia humana, contagiante, intensa.

A partir de um simples post no Facebook, conheci sete pessoas em três noites. Pura coincidência? Eu chamo de conexões. Uma rede que nos entrelaça com quem devemos conhecer neste imenso planeta.

Risadas, bons papos e momentos. A solidão perdeu espaço. Me esqueci dela, senti cada um daqueles que conheci - homens e mulheres. Só "gente boa". E no fim, a frase: "Vamos marcar mais saídas. Me adiciona no Facebook". E voltamos para onde tudo começou.

Se uma rede social virtual pode tornar as relações mais distantes, não sei. Agora, um pouco de ousadia pode resultar em novas amizades. E vale a pena!

domingo, 21 de julho de 2013

Confusões dominicais


São sete horas da noite do domingo. O tempo voou como um pássaro veloz. Nada fiz, pouco falei. Conta virtualmente? Ok, então conversei um bocadinho. Ah! Mas como divaguei, pensei em planos, irreais, outros surreais. Imaginação saudável, brincadeiras com os pensamentos.

Chorei um tantinho. Fiquei impaciente, com a vida, com as pessoas. Com aquelas conversas tímidas: "De que tipo de música você gosta?". Preguiça disso, busco mais. Às vezes nem sei explicar,  se é que precisa de explicação. Deparo-me com esses papos, momentos de conhecer alguém. Ou saber o que a pessoa quer mostrar. Afinal, pouco dizemos sobre nós nas primeiras conversas. As surpresas ficam pra depois. Primeiro, a sobremesa, depois o prato salgado.

Finjo estar bem, ouço músicas aleatórias enquanto escrevo essas linhas, soltas com força e impregnadas de loucuras. As palavras são fonte de liberdade, mensageiras de um "eu" que deseja gritar. Sonhador. Quer coisas novas. Pra quê?  Nem eu sei dizer ao certo.

Novidades sempre trazem frescor, deve ser isso. Ou não. Talvez seja a necessidade de se reinventar. Galgar novos caminhos.

Quantas dúvidas! Desejos imensos. "Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você...". Tocava Marcelo Jeneci quando escapavam as últimas palavras...

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Minutos no Centro

Lembranças de volta. Trechos são recordados com o desnudar de imagens. As visitas à oftalmologista na Rua Martins Fontes com a avó há muitos anos, cenas recentes ali perto, no Teatro de Arena. Tudo colore com histórias e memórias a paisagem do Centro visto em uma segunda-feira, na hora do almoço. Aquele fervilhar de gente, de engravatados a descolados.

Lá estávamos Inês, minha amiga e editora, e eu para um delicioso almoço num restaurante natural. A começar pelo momento, todo o restante foi incrível. Minutos a olhar as tradicionais galerias, dos sapateiros, dos objetos antigos, da São Paulo pouco vista hoje em dia, numa época de lugares glamourosos e requintados. Na calçada, os engraxates, figura esquecida. É... Mas eles ainda estão lá para tornar brilhantes e lustrosos os sapatos de executivos. Na praça, os bares, cafés e restaurantes, de todos os tipos e para todos os gostos.

Andando mais um pouco, vemos o que parece ser outra banca de jornal. Paramos pra ver se vende bilhete único, pois Inês emprestara o seu para o filho caçula. Uma jovem responde que não, sorridente e escondida em meio a tantas revistas. Mas edições antigas, históricas. Que vontade de explorar aquele sebo, pena que o horário não permitia.

No mesmo Centro que me trouxe imagens de infância com cenas contemporâneas, Inês reencontrou uma amiga das antigas, de surpresa. Andávamos em direção ao ponto para pegar o ônibus e retornar à redação quando ouvimos "Inês Pereira!" em alto e bom som.

Era Cecilia uma produtora e que conhecia Inês há bastante tempo. Trocaram algumas palavras em uma energia por demais de positiva, como aquelas que sentimos ao curtir uns minutos flanando pelas ruas da Pauliceia.

E quem disse que a segundona não pode ter momentos alegres?

sábado, 26 de janeiro de 2013

A inquietação de sábado à noite

Sábado à noite em casa. Aliás, todo um sábado caseiro. O dia passou, só passou - leve como uma brisa. Sozinho, mergulho inquieto no meu silêncio. Quero fugir da minha companhia por alguns instantes. Buscar vida lá fora. E a coragem de trocar a confortável tranquilidade por um bocado de aventuras? É melhor ficar aqui. Calado, brincando com pensamentos. Crio um parque de diversões na minha cabeça, a la Lawrence Ferlinghetti. Mas nem tudo é risonho. Sem bem saber o porquê de tanta melancolia, peço respostas. Recebo mais dúvidas. Inquietude, euforia. Estou suando, por dentro e por fora. O som da TV ecoa sem que eu o perceba. Na sala de estar, crio um espaço à parte, só meu, do "eu" que viaja, entrega-se à (saudável) solidão. Até que horas esse fluxo de reflexões vai? Sei dizer não. Haja disposição para encará-lo! Bem vindo, domingo!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Cochilo dominical

Silêncio dentro de casa, tem ninguém. Uma tarde de domingo serena. A brisa suave entra timidamente pela janela entreaberta da sala. No sofá, o rapaz deita para descansar - um pouco. Os olhos vão fechando e acompanham a tranquilidade do ambiente. Hora do cochilo. Era para ter durado uma horinha, mas passou disso. E foi tão bom. Dormir na tardezinha dominical é um dos prazeres, talvez dos melhores, da vida. De vez em quando, vale a pena desfrutar desse prazer. Apreciar com moderação (ou não), como sexo, comida e bebidas. E um montão de coisas que deixamos de fazer, colocando culpa na correria do dia a dia. Basta uma tarde de domingo.