domingo, 27 de fevereiro de 2011

Não custa experimentar

Experimentar, viver momentos. Estar ali naquela situação única e inigualável. Ser e não ser ao mesmo tempo. Um tempo relativo, claro. Aventurar-se, correr riscos. Por quê? Para quê? A resposta é simples: puro prazer. Emoções à flor da pele. Adrenalina? Ah, sim, uma dose. Tudo isso vira lembrança, memória de um dia. Mais um para a contagem regressiva? Não, mais um dos melhores. Dos bem vividos e aproveitados.

Misto de loucura e tranquilidade. Uma reflexão em meio a sentimentos frenéticos. De volta à realidade, percebe-se que o tempo voa. Relógios, parem! Somente por instantes. Alguns momentos são inesquecíveis e não perecíveis ao tempo, fiel escudeiro em certas situações, inimigo em outras. Recordar é viver. Mas para relembrar, antes de tudo, é preciso saber viver. Não importa como, onde e quando, só saiba. Eis uma aventura, um dia, turbilhão de emoções. Sangue correndo na veia.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A arte de demitir profissionais da notícia

Nunca se ouviu tanto falar de crise do jornalismo impresso. Será que esse tipo de mídia tradicional está mesmo passando por um momento conturbado? Não há respostas prontas para um questionamento tão polêmico. Sobram opiniões, palpites e, como estamos lidando com jornalismo, dúvidas e mais dúvidas. Porém, dois exemplos recentes transformam ainda mais o assunto em pauta quente.

Nas últimas semanas, a demissão do repórter Aguirre Peixoto, do jornal baiano "A Tarde", provocou a ira de muitos jornalistas pelo Brasil inteiro. O profissional foi dispensado, e depois readmitido por conta da pressão de colegas que fizeram greve, após publicar uma reportagem crítica sobre empreiteiras que são parceiras comerciais do diário. O fato é que a saída do repórter tornou ainda mais evidente o que já era percebido: a profusão e intensificação do jornalismo publicitário, sustentado por anúncios e patrocinadores.

Nesse sentido, a notícia é tão somente um produto. As leis do mercado ganham força, empresários assumem o poder de verdadeiros conglomerados jornalísticos. Ok, isso não é um fenômeno atual. Assis Chateaubriand e Roberto Marinho que o digam. Ambos construíram impérios midiáticos, sucumbiram ao jornalismo empresarial, pautado pelo lucro. Num cenário selvagem como esse, existem vários Aguirres Peixoto espalhados pelo País. A maioria sem coragem suficiente para colocar em prática o que ele fez.

Outro caso, esse ainda mais recente, repercutiu pela imprensa nesta semana. O conceituado e tradicional Grupo Estado, que controla o jornal paulista "O Estado de S. Paulo" e o Portal Estadão.com, entre outros veículos, demitiu 22 funcionários. As dispensas ocorreram por conta de "corte de gastos", segundo explicou o diretor de conteúdo do Estadão, Ricardo Gandour, em entrevista ao Portal Imprensa. Contraditoriamente, meses atrás o mesmo veículo divulgou uma pesquisa que revelava o aumento de sua circulação.

Duas situações de demissão, casos diferentes. Mesmo assim, ambos refletem uma discussão sobre o futuro dos impressos. Exemplifico: a qualquer momento, uma matéria pode "cair". O que isso significa? Um novo anúncio deve estampar a página no lugar de uma reportagem. A consequência disso é, sem dúvida, a diminuição de um dos princípios básicos do jornalismo tradicional, a informação. Em contrapartida, o capital surge como elemento em situações como essa. E para gastar menos, o que fazer? Enxugar redações, é claro.

Dispensas de jornalistas e pressão de parceiros comerciais tornam ainda mais distante a prática do jornalismo puramente informativo e engajado. Na era do capitalismo, com a globalização a todo o vapor, as cifras interessam mais. E os profissionais da notícia, cada vez menos. É lamentável, afinal o dinheiro sozinho não produz os textos dos jornais. Atrás de máquinas, estão repórteres, editores. E, sobretudo, seres humanos que pensam em pautas e executam ideias.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Carro bate em poste e provoca apagão

Veículo colide com poste de iluminação e deixa ruas de bairro na zona norte sem luz na noite de domingo

O relógio marcava 22h20 no último domingo (06). Em uma rua próxima da Avenida Engenheiro Caetano Álvares, um carro aumentou a velocidade e, descontrolado, bateu de frente com um poste de iluminação. Imediatamente, o quarteirão de parte de um bairro na zona norte ficou sem luz. Alguns segundos depois, as luzes das ruas próximas acenderam novamente, apagando-se logo em seguida. A pane assustou os moradores da região, que saíram de suas casas desesperados em busca de informação do que havia ocorrido.

Por volta das 22h30, nas ruas sem iluminação, era observado o congestionamento de carros. E de pessoas. Vizinhos conversavam uns com os outros e trocavam as informações que tinham. Na rua onde aconteceu o incidente, os ocupantes do carro permaneciam estagnados. O susto tomou conta do motorista e do único passageiro que havia no veículo. De acordo com informações, eles não sofreram lesões físicas.

Minutos depois do ocorrido, a movimentação diminuía. As pessoas souberam que ninguém havia morrido. De alguns indivíduos, pude ouvir ainda algo assim: "Mas ninguém morreu, não é?". Como se a morte fosse o único elemento de um incidente ou uma batida de carro. Outros ainda reclamavam do apagão que os impediu de continuar certas atividades que realizavam, ou até mesmo não os deixou assistir ao jogo da seleção brasileira sub-20. E aquelas pessoas no carro, como estariam? Isso não preocupava muito os moradores.

Com o passar do tempo, via-se alguns indivíduos voltarem para suas casas, já sem esperança do retorno da energia elétrica no final da noite de domingo. "Ixi. A luz só volta amanhã. Até a Eletropaulo vir", comentavam. Outros eram mais otimistas: "Daqui a pouco, tudo volta ao normal", profetizavam. Naquele momento, as palavras da maioria dos moradores expressavam diversos sentimentos, da resignação à revolta.

Eletricidade: vivemos sem ela?

No entanto, poucos devem ter parado para pensar em algo importante. Como a energia elétrica é fundamental na atualidade. Após o apagão, as casas não só estavam na escuridão, como as pessoas não tinham acesso a nenhum equipamento eletrônico, obviamente. Restava à maioria telefones celulares, alguns já com a bateria próxima de descarregar.

O fato ocorrido mostrou o quão essencial é a eletricidade nas cidades, tornando o exemplo de proporções maiores. Basta lembrar do apagão que aconteceu recentemente no Nordeste brasileiro e deixou moradores sem luz. Outra situação semelhante ocorreu em 2009, quando estados da região Sudeste também ficaram sem iluminação por conta de uma pane no fornecimento de energia elétrica da usina de Itaipu.

Para fechar a noite

Quando boa parte dos moradores da região estava dormindo ou se preparando para descansar, os mais atentos ouviram um forte barulho. Descobri naquele mesmo instante, por volta das 0h30, que dois carros haviam se chocado, provocando um acidente em um cruzamento. Sem o auxílio dos faróis nas duas direções, ambos os veículos aceleraram e não conseguiram impedir o choque. De acordo com informações, os ocupantes dos carros não sofreram ferimentos graves.

E assim terminou a noite de ontem, agitada para os moradores das ruas que cruzam a Engenheiro Caetano Álvares e a Avenida Casa Verde.