quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Aventura do não-pensar

Um minuto de silêncio. Comunicação interior. Meus pensamentos vêm e vão como uma avalanche. Eles me dominam, peço liberdade. Convocam-me a reflexões, quero paz interior. Peço muito?

O mundo lá fora é veloz. A agitação, busca de soluções rápida também vem até mim. Mas não é o que quero hoje, no penúltimo dia de 2010. Um pouco de sossego, onde consigo? Preciso de respostas rápidas assim como o desenrolar das ações do espaço globalizado.

Fuga? Não, é demais para mim. Horas a fio de sono também não é uma boa alternativa. Vamos à próxima. Sair por aí sem destino certo? Eis uma oportunidade interessante. Falta-me coragem. Será necessária ou basta um impulso, interrogo.

Sobram dúvidas. Restam incertezas. Faltam decisões. É disso que necessito: uma boa dose de agressividade, misturada com uma pitada de espírito aventureiro. Vamos tentar? Experimentar é a alma do negócio. O que mais quero e preciso nas horas derradeiras deste ano e nas primeiras de 2011.Correr o risco surge como uma grande chance.

A madrugada silenciosa junta-se à escuridão aqui neste quarto. Meu desejo agora era sair sem rumo. Vontade impelida, afinal ainda temo. Tenho um futuro para zelar. Por outro lado, meu espírito de jornalista me chama pra novas experiências.

Hoje, não vou depender. Não quero ouvir, nem falar. Ver e observar acima de tudo. O momento pede silêncio, é o que lhe dou, então. Sairei pelas ruas. Destino? Minha rota está em branco, completarei ao longo do caminho. Quero impressões, sons, cheiros desta cidade onde vivo. Da qual quase não desfruto.

Não basta sair por aí. Clamo por minutos de silêncio absoluto. Não quero nem ouvir minha voz. Tão somente escutar os sons naturais, da vida, do meu interior. Nada de sentimentalismos, apenas ouvir a voz que pede por um breve descanso. Sossego que ainda não veio e infelizmente impedi. Detalhe: minhas férias estão no final. As decisões tornam-se urgentes, então.

São quase 3 horas da manhã, ou já passou e nem vi. Não importa, sinto o prazer de escrever tudo isso. Para alguns, meras palavras combinadas. Para mim, expressão libertadora. Golpe mortal nas raízes de meu sofrimento. Arma contra o ócio entediante. Escudo que me protege e fortalece. O texto me dá energia.

Me perdi. Respiro fundo, deito a cabeça no travesseiro. Os olhos não fecham, sou forte, estou forte. Uma pausa. Penso em dormir. E rumo para a concretização do meu pensamento. Boa noite! Vou começar já minha aventura em direção ao não-pensar.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Casualidade paulistana

14h30 de quarta-feira. Trinta graus na zona norte (mas parecia muito mais). Suor escorrendo no pescoço. Nem um vento para me aliviar. Corro e pego o primeiro ônibus que vai para Santana.

Incrivelmente, um lugar vago para me acomodar. Penso que o vento soprará forte em meu rosto. Ledo engano. Continuo sofrendo com as gotas de sudorese. Nem a fresta da janela alivia aquele insuportável calor.

Dentro do 971-A, a cena é cotidiana. Mas nem tanto. Ao chegar na Alfredo Pujol, o ritmo de paradas aumenta e mais pessoas descem. Até aí tudo normal. Ou não. Alguns indivíduos saem do ônibus, se despedem do cobrador e dizem "bom trabalho!". Algo comum? Não. Infelizmente, não. O que houve, então? Pois é, caros amigos. O Natal está próximo, parece que as pessoas tornam-se mais afetuosas. Vale um comentário: poderia ser sempre assim, ou não?

Na penúltima parada, mais uma cena curiosa: o cobrador para uma passageira e faz uma brincadeira: "Metallica? É uma das poucas pessoas que gosta de Metallica". Pronto, começou ali uma conversa até o ponto final, passou pelo empréstimo do mp3 (ou algo semelhante, não sei) com as principais canções do grupo de Rock (ou algo parecido, não curto o que eles gostam, enfim).

Ao descer, ainda ouvi as despedidas: "Obrigado pelas músicas, bom trabalho". "Tchau, querida!". Se tivesse mais pontos de parada, aquela conversa se alongaria. Fruto da casualidade paulistana, das relações sociais inusitadas e apercebidas na gigante São Paulo. Foi assim que duas pessoas se conheceram no período pré-Natal.

E eu? Segui meu caminho, a tarde me reservava horas de cantoria e boa música ao lado de amigos. Também frutos da casualidade paulistana, mas de longa data, companheiros da época do ensino médio.

Agora, pronto para dormir, me preparo para mais aventuras na metrópole. É quinta-feira, antevéspera do Nascimento de Jesus.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Trabalhadores de cada dia: eles querem mais "pão"

Não havia título melhor que esse. Após meses sem uma palavra sequer postada aqui, eis que estou de volta. Serei frequente? Não sei. Talvez. Dependerá da rotina, da luta diária.

E esse post, qual a finalidade dele? Restabelecer contato com o blog tão somente? Em véspera de Natal, tudo fica tão alegre. Parece que as pessoas tornam-se amorosas de um dia para outro. Problemas jogados para o ar. Só se for para alguns.

O mundo não para. Vai nas estações de Metrô, veja a correria, a loucura. Hoje mesmo, a linha vermelha ficou paralisada por mais de quatro horas. Clima de Natal? Como já disse, só para alguns. Quem? Eu, você...? Não, para eles.

Trabalhadores árduos, ganham seu "pão" por meio de labuta sofrida. Visitam com uma frequência impressionante o ambiente de trabalho. Foi o ano deles: Copa do Mundo, Eleições e muito, muito trabalho. Em Brasília, deram o suor em 2010. E, por isso, querem o quê? Adivinhem! Um pequeno aumento, afinal as despesas no final de ano são altíssimas.

Presentes para todos da família, do neto ao primo da esposa. Aviões, jatos, passagens aéreas, jóias, pequenos "mimos", enfim. O tempo é de festa, o clima, de descontração. Eles dizem: venha a nós o dinheiro dos mais de 190 milhões de brasileiros! Para ter uma ceia mais feliz e farta.

Enquanto isso, do outro lado, pessoas sofrem com a ausência. Gente debaixo da ponte, pedindo um prato de comida. Esse é (e será) o Natal de muitos brasileiros. Na passagem do dia 24 para o dia 25, os trabalhadores árduos comerão do bom e do melhor. Sim, sem tirar nem por.

E em 2011, assistiremos à chegada da primeira mulher presidente do Brasil. Grande coisa. Lula vestido de fruto do mar do gênero feminino. Preparemos, então, o champagne, os fogos de artíficio! Viva o Brasil, país de tantos (e para poucos)!

sábado, 28 de agosto de 2010

Pequena história e reflexões

2002, ou antes. É nesse ano, talvez tardiamente (ou não), que a paixão pelo futebol começa. Com ela, vem o gosto por revistas e jornais.

A rotina naquela época: ir às bancas quase todos os dias. Jornais e revistas sobre o esporte mais apaixonante eram reservados para aquele garoto de 10 anos.

Aos poucos, o vínculo com os periódicos torna-se mais forte. A ponto até do menino, um gordinho chamado de “CDF” na escola ou nerd, ter ciúmes daquele monte de folhas de papel, consideradas por ele valiosas, verdadeiras jóias.

Um certo dia, o ciúme possessivo pelas revistas se revelou forte, intenso. A audácia do irmão pequeno do garoto. O menininho rasgou uma página. Ihh, rapaz… Só pôde ser ouvido o choro, lágrimas escorriam. Misto de raiva e tristeza, fúria e angústia.

Esse foi só um exemplo. O menino começava a criar relações mais próximas com tudo aquilo. Até que cresceu. Raízes mais fortes. No colegial, a descoberta ficou mais clara.

Meados de 2006. A certeza: o jornalismo. Por quê? Até hoje, a resposta objetiva e racional é, de certo modo, parcial.

Sim, você não errou ao ler. A pequena história contada acima é minha. Foi assim que a paixão pelo jornalismo criou raízes, está crescendo cada dia mais. Frutos? Torço por muitos. Pequenos? Não, grandes, maduros e bem sólidos.

Até onde vai? A imensidão é menor, só isso pode ser dito.

Viver o jornalismo é, atualmente, buscar respostas e encontrar mais perguntas. Questões e mais questões. Dúvidas, fruto da procura por mais conhecimento.

E para isso, utilizo-me das mediações, conceitos que aprendi (e venho aprendendo) na vida, a escola sociocultural do mundo inteiro. Cada dia, corro atrás de mais textos culturais para minha vida, eles tecerão minhas experiências.

Ser flâneur, antes de tudo: um observador atento. Ser jornalista, sempre: um observador atento misturado com indivíduo curioso, indagador e questionador. Sem dúvida, um profundo louco pelo que faz.

Ainda não conheço por completo (aliás, nunca conhecerei) o mundo jornalístico. Mas o que já conheço me faz amar. E viver cada dia para amar mais. O resto são reflexões. Sobra o famoso “etc”.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Seleção santástica apronta na terra do Tio Sam

O bom futebol prevaleceu. Ontem, a seleção brasileira venceu os Estados Unidos por 2 a 0. Neymar e Alexandre Pato fizeram os gols.

No jogo, a equipe comandada por Mano Menezes passeou. Toques rápidos e curtos. Dribles. A magia do futebol-arte. Os Meninos da Vila não se intimidaram. Pura diversão contra os americanos. Brincadeira na terra do Tio Sam.

O primeiro gol saiu ainda na etapa inicial. Neymar, de cabeça. Howard se esticou todo, mas não conseguiu evitar. A pelota morreu mansinha na rede.

No segundo tempo, teve mais. Trama de Ganso e passe certeiro de Ramires. Pato avançou, olhou para o bandeirinha. Driblou o goleiro, bateu para o gol. Aí, foi só comemorar.

A seleção santista poderia ter feito mais. A goleada teria sido um placar justo. O time empolgou. O fantasma Dunga foi esquecido. Agora, a parada é outra. É “nóis”, Mano!

domingo, 1 de agosto de 2010

Empate polêmico marca Dérbi no Pacaembu

No clássico paulista da rodada do Brasileirão, deu empate. Corinthians e Palmeiras saíram do Pacaembu com 1 a 1, mas a partida e a arbitragem de Paulo César de Oliveira foram polêmicas.

Início de jogo. Pressão corintiana e boas oportunidades. E os lances duvidosos aconteceram desde o começo. Após cruzamento para a área corintiana, o lateral palmeirense Armero interceptou com o braço. Pênalti claro, não marcado pelo árbitro.

Aos poucos, o Palmeiras equilibrou as ações da partida. O atacante Kléber foi responsável pela alteração na forma de jogar do Verdão. O jogador passou a se movimentar melhor entre os marcadores corintianos e deu trabalho aos zagueiros alvinegros.

Gol do Corinthians. Em boa trama de Iarley e Bruno César, o Timão conseguiu chegar à meta de Deola. O meia alvinegro cruzou para Jorge Henrique, que apareceu na frente da marcação e bateu para o fundo do gol. Mas... o atacante estava em posição irregular. Segunda polêmica.

Logo o Palmeiras empatou. Gol irregular? Não, não. Dessa vez, o bandeirinha acertou ao não assinalar impedimento de Edinho. O volante recebeu a bola após rebote de Julio Cesar, que defendeu cabeçada de Kléber.

Resultado igual até o final do primeiro tempo e mais polêmica. O Verdão ainda teve um pênalti a seu favor não assinalado por Paulo César de Oliveira.

Na segunda etapa, o Palmeiras começou como terminou o primeiro tempo: melhor. E logo marcou mais um gol. Porém, Ewherton estava em posição irregular. Até que enfim o bandeirinha marcou corretamente!

O atacante ainda fez outro tento, mais uma vez em situação de impedimento. Outra vez, o auxiliar assinalou a irregularidade.

O resto da etapa final foi de equilíbrio. As duas equipes buscaram o gol, mas o Palmeiras foi mais incisivo. Mesmo assim, o clássico não teve o placar alterado.

O Dérbi no Pacambu teve todos os ingredientes: pênaltis não marcados, impedimentos mal assinalados e gol irregular. Arbitragem desastrosa de Paulo César de Oliveira!

sábado, 31 de julho de 2010

Início de madrugada

Amo escrever, mas sinto que agora é mais forte que mim. Digito aqui essa combinação de palavras e símbolos como se movesse uma pena.

Sim. Não. Os problemas das contraposições, sabe? O que sabemos? É infinitamente menor do que imaginamos.

Imaginar? O criar da alma. Busco respostas. Sou muito exigente? Experimente. Ou não. Olha a negação aqui de novo. Que me importa?

Que se dane! Fui feito para isso. Aliás, fomos. Sabia? Olha só o tal do saber mais uma vez. Só sei que nada sei. Parafraseio, fazemos isso toda hora.

Quer saber? Não enlouqueci. Já nascemos todos loucos. Tchau!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sabe tudo sobre as Eleições?

Você sabe alguns detalhes sobre as Eleições deste ano? Então, teste respondendo a 10 questões. Ao final, veja como você se saiu.

1) Qual o nome do vice de José Serra?

A- Aloizio Mercadante
B- Alberto Goldman
C- Índio da Costa
D- Michel Temer

2) Quais são os três principais candidatos a governador de São Paulo?

A- Marta Suplicy (PT-SP), Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Aloizio Mercadante (PP-SP)
B- Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Aloizio Mercadante (PT-SP) e Celso Russomanno (PP-SP)
C- Alberto Goldman (DEM-SP), Aloizio Mercadante (PT-SP) e Celso Russomanno (PP-SP)
D- Luiza Erundina (PCB-SP), Celso Russomano (PP-SP) e Geraldo Alckmin (PSDB-SP)

3)Qual candidato à Presidência o PMDB está apoiando?

A- José Serra (PSDB)
B- Marina Silva (PV)
C- José Maria Eymael (PSDC)
D- Dilma Rousseff (PT)

4) José Serra já exerceu diversos cargos na política, como ministro da Saúde e do Planejamento. Tendo em vista isso, qual curso superior ele fez?

A- Medicina
B- Odontologia
C- Economia
D- Letras

5) Na última pesquisa realizada pelo Datafolha (de 23 de julho), levantamento encomendado pela Rede Globo de Televisão, qual foi o resultado da disputa entre Serra e Dilma?

A-Dilma: 25% e Serra: 34%
B-Dilma: 34% e Serra: 34%
C-Dilma: 37% e Serra: 36%
D-Dilma: 36% e Serra: 37%

6) A pesquisa do Vox Populi, encomendada pela TV Bandeirantes e pelo portal iG, revelou uma diferença em relação ao levantamento do Datafolha, divulgado no mesmo dia. Qual?

A-Dilma ficou empatada com Serra; ambos apresentaram 35% das intenções de voto
B-Serra ultrapassou Dilma e ficou com 40% das intenções de voto contra 31% da petista
C-Dilma foi superior ao candidato do PSDB em oito pontos percentuais
D-Marina Silva disparou na pesquisa e ultrapassou Dilma, ficando atrás de Serra

7) Quais são os principais candidatos ao Senado em São Paulo (todos devem estar concorrendo para valer a alternativa)?

A-Marta Suplicy (PT), Romeu Tuma (PTB) e Orestes Quércia (PMDB)
B-Romeu Tuma (PTB), Aloizio Mercadante (PT) e Luiza Erundina (PCB)
C-Moacyr Franco (PSL), Romeu Tuma (PTB) e Luiza Erundina (PCB)
D-Aloizio Mercadante (PT), Orestes Quércia (PMDB) e Moacyr Franco (PSL)

8) Qual a ocupação da candidata ao Senado, Marta Suplicy?

A-Médica
B-Economista
C-Psicóloga
D-Publicitária

9) Em que dia ocorrerão as eleições?

A-1º de outubro
B-5 de outubro
C-2 de novembro
D-3 de outubro

10) O eleitor deverá votar para quais cargos neste ano?

A-Presidente, Governador, Senador, Deputados Federal, Estadual e Prefeito
B-Presidente, Governador, Senador e Deputados Federal/Estadual e Municipal
C-Presidente, Governador, Vereador e Deputados Federal/Estadual
D-Presidente, Governador, Senador e Prefeito

E aí, como você foi no teste? Conte aqui. Achou fácil? Médio? Difícil? Comente o seu resultado.







Respostas:
1B/ 2B / 3D / 4C / 5D / 6C / 7A / 8C / 9D / 10B

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mano Menezes convoca seleção que pega os EUA

Nesta segunda-feira, o técnico Mano Menezes convocou pela primeira vez sua equipe na seleção brasileira.

Após se apresentar como novo comandante, Mano anunciou a lista renovada. Surpresas, como os goleiros do Botafogo, Jefferson, e o arqueiro do Avaí, Renan. Outros jogadores também surpreenderam: David Luiz, Réver e Éderson.

Dentre os atletas que participaram da Copa na África do Sul, o treinador convocou somente quatro: Ramires, Robinho, Daniel Alves e Thiago Silva.

Outro dado interessante na lista de Mano foi a convocação de somente um jogador do Corinthians, ex-clube do treinador. O Santos foi o time brasileiro que mais teve atletas na relação.

Confira, abaixo, a lista completa dos jogadores convocados por Mano Menezes, o novo técnico da Seleção Brasileira de Futebol:

Goleiros: Jefferson (Botafogo), Renan (Avaí) e Victor (Grêmio)

Laterais direitos: Daniel Alves (Barcelona) e Rafael (Manchester United)

Zagueiros: David Luiz (Benfica), Henrique (Racing Santander), Réver (Atlético-MG) e Thiago Silva (Milan)

Laterais esquerdos: Marcelo (Real Madrid) e André Santos (Fenerbahce)

Volantes: Jucilei (Corinthians), Lucas (Liverpool), Ramires (Benfica), Sandro (Internacional) e
Hernanes (São Paulo)

Meio campistas: Paulo Henrique Ganso (Santos) e Ederson (Lyon)

Atacantes: Neymar (Santos), Diego Tardelli (Atlético-MG), Pato (Milan), Carlos Eduardo (Hoffenheim), André (Santos) e Robinho (Santos)

Na minha visão, esse pode ser o time titular que enfrenta os Estados Unidos, no dia 10, em amistoso: Victor; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e André Santos; Sandro, Lucas, Hernanes e Ganso; Robinho e Neymar.

domingo, 25 de julho de 2010

San-São termina com vitória do Peixe

Um jogo sem grandes lances. Poucas oportunidades concretas de gol. Essa foi a tônica do clássico entre Santos e São Paulo, ocorrido neste domingo na Vila Belmiro, que terminou 1 a 0 para os santistas.

Na primeira etapa, vimos duas equipes com marcações fortes. O São Paulo veio a campo com time misto, já pensando na partida de quarta-feira contra o Internacional pela semifinal da Taça Libertadores. Já o Peixe atuou ainda sem Robinho, que está se preparando para o jogo contra o Vitória, final da Copa do Brasil.

Mesmo com poucas chances, a partida ficou sob domínio do Santos. O alvinegro criou as melhores jogadas e chegou com mais perigo ao gol de Rogério Ceni. E o tento que é bom, nada. Os jogadores de ambas as equipes não conseguiram estufar as redes na etapa inicial.

No segundo tempo, o São Paulo voltou melhor e equilibriou as ações do jogo. E quando a partida parecia terminar sem gols, o Santos chegou à meta de Rogério Ceni de forma conclusiva. Em cobrança para a área, o zagueiro são-paulino Renato Silva tentou interceptar com o peito e mandou para o fundo da rede. Gol contra na Vila Belmiro. O Peixe abriu o placar.

As entradas de Washington, Hernanes e Marlos na equipe do São Paulo não surtiram efeito. O tricolor não conseguiu empatar o marcador e sofreu mais uma derrota no Brasileirão. É o terceiro resultado negativo em quatro partidas consecutivas. Agora, as duas equipes se concentram nos próximos confrontos, o tricolor na Libertadores e o Santos na Copa do Brasil.

Sem dúvida, o clássico deixou a desejar. E com toque errado do beque são-paulino, o Santos conseguiu a vitória. Mereceu. Jogou melhor.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

E o Brasil vai protelando...

Copa de 2014. O futuro está distante? Está nada, só faltam quatro anos. E o que já foi feito? Pouco, quase nada. Planejamento fraco, adiamentos e reuniões em vão.

Justifico esse começo do meu texto. Nesta manhã de quarta-feira, Ricardo Teixeira (excelentíssimo presidente da CBF e do comitê organizador do Mundial), Alberto Goldman (governador de São Paulo), Gilberto Kassab (prefeito da cidade paulista) e outros mandatários se reuniram. Motivo: discutir sobre a possibilidade de São Paulo sediar a abertura da Copa.

Há tempos, o principal assunto acerca da Copa no Brasil é o jogo de abertura e onde ele será realizado. Cogitaram várias possibilidades, essas são criadas e desfeitas a todo momento. Definições? Nenhuma, é claro.

Hipóteses ainda em pauta: reformar o estádio do Pacaembu, aceitar a proposta de reforma no Morumbi, ou também desenvolver novos projetos de estádios. A última possibilidade foi praticamente descartada pelo senhor Goldman, atual governador do Estado de São Paulo.

Dentre esses novos estádios que poderiam ser construídos, destaca-se o Piritubão, que teria relação com o Corinthians. No entanto, por conta dos altos custos na viabilização do projeto, ele está praticamente fora de cogitação.

Há ainda a Arena Palestra Itália. Porém, o reformado (modificação que já está sendo feita) estádio do Palmeiras só serviria para abrigar partidas da primeira fase e oitavas de final, devido sua capacidade inferior a 60 mil pessoas, número mínimo para jogos de abertura.

As discussões continuarão pelos próximos dias. O resultado delas é incerto. O jeitinho brasileiro já está sendo utilizado na preparação para a Copa: demora, atrasos, "deixar tudo para última hora".

Acorda, Brasil! O Qatar apresentou recentemente propostas de estádios para a Copa de 2022. E ainda estamos discutindo sobre os palcos que utilizaremos no torneio a ser realizado daqui a quatro anos.

Enfim, muito pouco foi feito para o Mundial. Até agora, ele só pertence aos sonhos e divagações de patriotas e ufanistas, ou mesmo dos políticos exaltados.

domingo, 18 de julho de 2010

E o Verdão amarelou contra o Avaí; no Pacaembu, deu Timão

Jogando fora de casa, o Palmeiras comandado por Luiz Felipe Scolari se deu mal. Tomou quatro gols contra o Avaí e perdeu de 4 a 2 na Ressacada, em Santa Catarina.

Na estreia de Felipão como treinador, os palmeirenses fizeram uma boa partida. Porém, não souberam segurar o ímpeto da equipe adversária. O Avaí foi melhor em campo e criou as melhores oportunidades. Foi mais eficaz e marcou os gols.

Até mais da metade do segundo tempo, o jogo estava empatado. O Palmeiras tinha aberto o placar no primeiro tempo com Gabriel Silva. Caio empatou para os catarinenses e Robinho virou o marcador. Logo no início da etapa final, Kléber empatou para o Verdão em cobrança de pênalti.

E de tanto buscar as alternativas, o Avaí chegou ao desempate. Na penalidade máxima, Deola defendeu, mas Caio pegou o rebote e colocou os catarinenses novamente à frente do placar. E um tempo depois, Roberto recebeu lançamento de longa distância, driblou Deola que havia saído mal do gol e mandou para o fundo da rede. Placar decretado na Ressecada e primeira derrota de Felipão no comando do Palmeiras. Começou bem...

Por falar em começar bem, o Corinthians iniciou melhor contra o Atlético-MG. Jogou bem a maior parte do jogo, mas não teve objetividade nas conclusões.

O gol da vitória demorou a acontecer. E só ocorreu após um chute de Bruno César que desviou no zagueiro atleticano. A bola morreu no centro do gol, enganando o goleiro Fábio Costa. Vitória suada no Pacaembu e o Timão permanece na liderança do Campeonato Brasileiro.

OUTROS DESTAQUES - 9ª RODADA - JOGOS DAS 16H

O Flamengo conquistou mais uma vitória. O clube carioca derrotou o Atlético-GO, lanterninha da competição, por 1 a 0.

Quem também venceu seu compromisso foi o Internacional, que bateu o vice-líder Ceará por 2 a 1. Dentro de casa, os gaúchos foram melhores e garantiram o resultado positivo, segundo consecutivo.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

“Eu perdi a posição de titular para grandes jogadores, como Gérson e Rivellino”

Essa entrevista é um trabalho entregue à disciplina "Técnicas e Gêneros Jornalísticos - Jornalismo Básico I" da faculdade.

Ele talvez tenha sido um dos jogadores brasileiros com mais sucesso no futebol equatoriano. Estamos falando de Francisco José Paes, conhecido no Equador como “Pepe” Paes. O ex-meio-campista começou na Portuguesa de Desportos, onde atuou como júnior e, posteriormente, se profissionalizou. Contudo, a passagem por dois clubes populares do Equador, Barcelona e Nove de Outubro, foi o ápice de sua carreira no futebol.

Em sua casa no bairro do Tucuruvi, Paes concedeu essa entrevista, na qual o ex-jogador fala sobre a carreira na Lusa, os títulos no futebol equatoriano, além de comentar sobre sua passagem pela Seleção Brasileira e os desafios para conseguir uma vaga na equipe brasileira titular.

A paixão pelo futebol começou desde cedo?

Muito cedo (risos). Quando a gente ganha a primeira bola da família, principalmente a pessoa que gosta do futebol, já começa a se apaixonar pela redonda [a bola]. Então, eu poderia dizer que essa paixão veio do berço.

Como o senhor entrou na Portuguesa de Desportos?

Quando eu jogava na várzea, algumas pessoas me viram atuar e me indicaram para a Portuguesa. Então, eu fiz um teste, mas não passei por uma peneira, nas quais hoje aparecem milhares de jogadores. Como disse, fiz o teste, fui aprovado e comecei minha carreira na Lusa.

Enquanto o senhor jogava futebol, tinha outra atividade profissional paralela?

Durante o tempo de jogador, não. Mas para começar a jogar futebol [Paes cita que na época os jogadores não eram bem renumerados e, inclusive, as famílias pensavam que ser jogador de futebol era ser “malandro”, vagabundo], tive que primeiro me formar em torneiro mecânico. Nesse momento, meus pais me deixaram praticar o esporte. Quando cheguei à Portuguesa, passei a ser remunerado, e meu salário era de acordo com o que eu recebia na época em que trabalhava na fábrica como torneiro mecânico.

Qual foi seu melhor momento no clube?

O ano com melhores condições na Portuguesa foi em 1966. Fizemos uma boa temporada. Depois, fui chamado para a Seleção Brasileira em 1967, um momento muito marcante na minha carreira. No entanto, devo manifestar novamente que o melhor ano na Lusa foi em 1966.

O senhor lembra-se de algum jogo ou gol em especial que marcou sua carreira na Lusa e, especificamente, no ano de 66?

Hum (pausa). Um jogo que mais marcou, principalmente pela torcida que estava a nosso favor no Parque Antártica, foi contra o Santos. Se a gente ganhasse, automaticamente o Palmeiras seria campeão. Então, eu fiz um gol, ganhamos de 1 a 0, o que deu o título ao Palmeiras. Foi uma vibração muito grande no Parque Antártica (risos). Mas era mais torcida do Palmeiras que da Lusa. E isso ficou marcado, porque inclusive depois os diretores do Palmeiras me presentearam com um relógio de ouro.

O senhor comentou que jogou pela Seleção Brasileira. Qual foi a sensação de atuar com a amarelinha?

Olha (pausa). Eu só participei do elenco que ganhou a Taça Rio Branco. Só joguei alguns amistosos, como a partida contra o Gre-Nal [combinado especial de alguns jogadores das equipes de Grêmio e Internacional] em Porto Alegre. Nesta época, a Seleção tinha uma base que era o Cruzeiro, um time muito bom, o meio-campo formado por Wilson Piazza, Tostão e Dirceu Lopes. Então, foram eles que atuaram mais. O trabalho que dirigentes e treinadores fazem na Seleção mostra ao garoto que aquilo é uma passagem, mas uma passagem na qual ele tem de esforçar-se cada vez mais. Porque chegar à Seleção é fácil, o difícil é se manter. Assim, para mim foi muito difícil, fui perdendo a posição. Por mais que você se esforce, há outros que são melhores na época. E eu perdi a posição de titular para grandes jogadores, como Gérson e Rivellino. Portanto, não tenho do que reclamar.

Como foi jogar ao lado de craques, como Tostão, Piazza e outros?

Quando você joga ao lado de craques, o seu futebol fica mais claro, porque você entrega a bola “quadrada” e recebe redonda (risos). Então, jogar com o Tostão era muito fácil, porque o “baixinho” tinha uma facilidade com a bola nos pés.

E o Pelé?

Não... Com o Pelé eu não joguei. Eu lembro que houve uma Seleção Paulista de Profissionais, na qual eu estava, para a qual ele foi convocado, mas não jogou porque estava machucado. Mas o difícil mesmo era jogar contra ele (risos). Porque você não sabia o que ele ia fazer. Outro jogador complicado de marcar foi o Maradona, contra o qual também atuei posteriormente. São pessoas predestinadas a jogar futebol e difíceis para marcar.

O senhor jogou em muitas oportunidades contra o Pelé e o Maradona?

Hum (pausa). Lembro de um episódio muito curioso. Jogávamos contra o Santos no Pacaembu, nosso time [a Portuguesa] era muito veloz e começamos a partida ganhando. Fizemos 1 a 0, depois 2 a 0. Até aí, o jogo não estava tão difícil. Mas eu me lembro que o Leivinha [meia da Lusa] resolveu fazer a “graça” de meter a bola entre as pernas do Pelé (risos). Ixi... A torcida aplaudiu muito a jogada do “Leiva”. O que aconteceu, porém, foi que acordou “as feras” [referência aos bons jogadores do Santos na época, como Pelé, Pepe, entre outros]. No final, o placar foi de 4 a 2 para os caras [equipe do Santos]. Então, foi difícil porque não vimos mais a “cor da bola”. Posso dizer que aquele jogo ficou marcado...

E contra o Maradona?

Contra o Maradona só joguei em duas oportunidades. Primeiro, em um amistoso pelo Barcelona (Equador) contra o Argentinos Juniors, time em que ele atuava na época. E o segundo também foi um amistoso, só que contra o Boca Juniors, equipe em que jogava o Maradona no momento. Foram dois empates: o primeiro em 1 a 1 e o segundo, 2 a 2. Mesmo assim, os jogos foram difíceis, porque os times que faziam amistosos vinham para “dar espetáculo” e não estavam muito preocupados com o resultado, nem com a equipe adversária.

Já falando sobre essa etapa no Barcelona (do Equador), como foi a mudança para outro país?

No começo, foi bem difícil, pois fui sozinho e deixei a família. Lembro que já estava preparado para voltar, era emprestado pela Portuguesa ao Barcelona, quando a família chegou lá. Tive que me adaptar ao novo ambiente, ao futebol equatoriano, o que demorou cerca de um ano. No início, disputei a Taça Libertadores, fui bem e os dirigentes resolveram me contratar em definitivo, comprando meu passe. Economicamente, não houve muitas vantagens, porque eu recebia praticamente o mesmo valor que ganhava na Portuguesa. Não era como é hoje em dia, em que os jogadores ganham bem e deixam o futuro garantido.

O senhor lembra-se de algum episódio polêmico que presenciou na Portuguesa ou no Barcelona?

Na Portuguesa, não me lembro de nenhum momento polêmico. Agora, no Equador... (pausa e risos). Eu passei dez temporadas lá e não houve uma semana em que não tivesse confusão. A gente chegou até a fazer greve porque não tinha material esportivo para nós treinarmos. Tinha também a pressão, que era muito grande, já que o Barcelona era um time bem popular. Foram momentos complicados, pelos quais consegui passar com muito esforço.

O senhor finalizou a carreira de jogador aos 36 anos. Depois disso, passou a atuar como treinador?

Sim. Em 1984, eu participei de uma partida de despedida no Equador e voltei para o Brasil. Tentei a carreira de treinador, como outros ex-jogadores. Não foi muito fácil no início, eu sempre corri atrás de times pequenos, do interior paulista. Mas ser treinador de futebol foi difícil. Após tentar a carreira de técnico, passei a ser professor de escolinhas de futebol, serviço com o qual trabalho até o momento.

Não poderíamos deixar de falar da Copa do Mundo na África do Sul. Para o senhor, qual a seleção favorita para conquistar o Mundial?

Eu vejo como favoritas as seleções que já conquistaram Mundiais. Dessa forma, eu colocaria Brasil, Itália, Alemanha, Inglaterra, Argentina. As outras seleções, como a Holanda, que sempre desponta, mas nunca conseguiu nada, e a Espanha, que está despontando agora e todos estão comentando, eu não confio. Isso porque, quando chega o momento de decidir, a camisa pesa. Jogos entre a Espanha e as seleções de Argentina, Alemanha, Itália e Brasil acredito que a seleção espanhola não conseguirá vencer. Não será campeã contra essas seleções.

E o que o senhor achou da polêmica convocação do técnico Dunga, e a inclusão de jogadores que pouco atuaram, como o atacante Grafite?

Temos que lembrar que não é só o Dunga que convoca, o auxiliar Jorginho e outras pessoas influenciam na decisão. O treinador, o auxiliar, o supervisor, toda a comissão trabalhou três anos e meio para montar a seleção, não foram dois ou três dias de preparação. Então, eu respeito o trabalho do Dunga, principalmente se analisarmos pelos resultados conquistados por ele e pela Seleção na preparação para o Mundial.

Quais as principais diferenças entre o futebol daquele tempo e o de hoje?

O futebol de antigamente era mais técnico. O jogador aprendia as formas de dominar a bola, driblar etc. O que aconteceu, como tudo na sociedade, foi uma evolução. Hoje, existe uma metodologia para o treinamento de jogadores de futebol. Primeiro, as preparações médica e física, que estão relacionadas. Depois, as preparações técnica e tática, e, por fim, a preparação psicológica. Quando falamos de preparação médica, entra o trabalho de nutricionistas, fisiologistas e outros profissionais da área. E a preparação física exige profissionais especializados, como treinador de goleiros. Na minha época, não tinha muito isso e os treinadores selecionavam os que tinham melhor disposição técnica. Era um futebol técnico e com pouca preparação física e médica. Hoje em dia, o futebol é mais físico, mais “contato”

Como é a sua vida hoje em dia: hobbies, rotina...?

Hobbie, que um dia foi profissão, será sempre jogar futebol. E também assistir a partidas na televisão, o que algumas pessoas não gostam muito [faz sinal para a esposa]. O futebol sempre vai estar dentro da gente.
(FOTO: MEU ARQUIVO)

Palmeiras retorna bem e honra paulistas

Noite fria na capital paulista. Mas teve quem compareceu no clássico do Brasileirão, disputado entre Palmeiras e Santos.

No jogo, o Verdão levou a melhor e garantiu a vitória por 2 a 1. Já comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari, porém este ficou nas cabines do estádio Pacaembu, a equipe alviverde impôs melhor futebol e soube derrotar os Meninos da Vila.

Nas outras partidas que completaram a rodada, o Atlético-MG derrotou o outro Atlético, o Goianiense, por 3 a 2. E a principal disputa foi entre Fluminense e Grêmio Prudente, que poderia ter definido um novo líder. Mas isso não aconteceu, pois o Flu só empatou com a equipe paulista. Assim, permanece na terceira colocação.

Essa foi a volta do Campeonato Brasileiro: poucas surpresas, topo da tabela idêntico. Espero, como a maioria dos torcedores e adoradores do futebol, mais emoções.

E nesta sexta-feira, pausa no futebol brasileiro da Série A, publico uma entrevista com um ex-jogador da Portuguesa de Desportos da década de 60. Confira-a no próximo post.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Saudade da Copa, mas Brasileirão está aí

Dois dias. Esse foi o intervalo entre o fim da Copa do Mundo e o retorno do Campeonato Brasileiro da Série A. Lembrando também que na terça tivemos a rodada da Série B.

E o Brasileirão voltou. Os times paulistas começaram não tão bem essa continuação do torneio. O São Paulo encarou o Avaí de novo técnico - Antonio Lopes - e perdeu por 2 a 1. Hernanes diminuiu para o tricolor após dois gols da equipe catarinense. E se Rogério Ceni tivesse acertado a cobrança de falta no primeiro tempo, tudo poderia ter sido diferente...

A briga pela liderança foi representada por Ceará x Corinthians. A disputa, porém, não foi tão instigante como prometia. Jogo de posse de bola, poucas chances concretas de gol. E pior: nenhum gol! A partida no Castelão ficou no 0 a 0. Resultado: Timão continua na ponta da tabela, mas ameçado pelo Fluminense.

Por falar em clubes cariocas... O clássico do Rio terminou com a vitória rubro-negra. Após poucas e boas ditas por Zico em entrevista coletiva, os flamenguistas derrotaram o Botafogo por 1 a 0. Boa atuação do novo goleiro rubro-negro, Marcelo Lomba. Foi tarde, Bruno!

E enquanto o São Paulo retorna com resultado negativo na competição, o Inter provou que pode voltar embalado. Os colorados venceram o Guarani por 3 a 0. Briga boa na Libertadores entre gaúchos e paulistas. O Inter largou na frente. O Tricolor que se cuide, já que os colorados não gostam muito de tricolores (o Grêmio que o diga)...

E para completar a rodada, até agora nada encantadora, mais um clássico. Santos e Palmeiras se enfrentam. O Verdão querendo recuperação e conta com reforços, começando pelo novo técnico Felipão. O Peixe buscando embalar na competição. Grande confronto nesta quinta.

Por fim, deixo um recado: Brasileirão, melhore seu nível. Sei que é o começo de um retorno, mas é necessária melhoria. Dá até saudades da Jabulani, do polvo Paul, das lambanças dos árbitros, da Larissa Riquelme... Ufa!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O mundo conheceu a nova potência do futebol: Espanha

Emoção até o fim. Essa frase pode resumir o tom da grande decisão da Copa do Mundo. O jogo entre Espanha e Holanda em Johannesburgo aconteceu ontem às 15h30. Sob frio, as duas seleções se enfrentaram em busca do título mundial inédito. Saiba como foi a partida.

A preparação

No vestiário, o clima de tensão tomava conta. O domingo era especial para cada um dos 46 atletas presentes, sem contar treinadores, preparadores físicos e outros profissionais. Pela primeira vez, uma das duas equipes destaques do futebol mundial seria campeã da Copa.

A campanha até aquele momento favorecia a Holanda. A seleção laranja havia vencido todas as suas partidas, o retrospecto era de 100%. Enquanto isso, os espanhois perderam na primeira rodada. Favoritismo dos holandeses, então? Não, não. Se levarmos em conta o retrospecto das duas seleções nos últimos anos, ficaríamos em dúvida quanto ao favorito.

Vuvuzelas ensurdecedoras, estádio lotado, noite fria. Foi nesse clima que os jogadores entraram no estádio Soccer City. Antes disso, Nelson Mandela já havia tornado aquela noite especial. E como na Copa vale tudo, até um torcedor pulou no gramado e tentou roubar a taça. Foi barrado pelos seguranças.

Hinos entoados, cumprimentos realizados. Estava tudo pronto para o grande jogo. Ao som do apito do árbitro inglês (que esqueci o nome, enfim...), a bola foi tocada no centro do campo. Começava naquele instante a 19ª final de Copa do Mundo, a primeira em solo africano.

O jogo

Todos aqueles cumprimentos antes da partida começar foram deixados de lado. No gramado, o sangue correu forte nas veias dos atletas, principalmente dos holandeses. As primeiras ações do jogo foram da Espanha. Com toque de bola e muita paciência, os espanhois começaram melhor.

Mesmo com mais posse da pelota, a seleção da Espanha não foi objetiva. Nos minutos iniciais, arriscou pouco considerando que a bola estava sob seu domínio. O artilheiro espanhol David Villa pouco apareceu e, quando chegou perto da meta de Stekelenburg, estava em posição irregular.

Aos poucos, a partida ficou com a configuração esperada. De um lado, a Espanha tocando mais a bola e tentando abrir espaços na marcação adversária. Enquanto isso, os holandeses buscavam nos contragolpes oportunidades de chegar ao gol de Casillas.

O que vimos na primeira etapa foi uma disputa bem violenta, isso sim. Recorde de cartões amarelos em uma só partida de Copa: foram distribuídos 13, sendo oito para a Holanda e cinco para os espanhois. Heitinga, da Holanda, ainda tomou seu segundo cartão amarelo e foi expulso.

Raras chances de gol, faltas violentas. Talvez esse tenha sido o cenário do primeiro tempo. Perguntou-se a todo momento: cadê a Fúria? E a Laranja ofensiva? Da parte da Holanda, a surpresa foi ter visto agressões fortes contra os jogadores espanhois. Alguns desses lances, como uma voadora contra o peito de Xabi Alonso, deveriam ter sido punidos com o cartão vermelho. No entanto, o árbitro inglês foi conivente com muitas jogadas violentas, aplicando somente o amarelo.

As duas seleções voltaram para o segundo tempo com mais disposição para jogar futebol. Ok, mas e as oportunidades de gol? Poucas. Ambas as equipes investiram no toque de bola. A Espanha foi superior no quesito e até errou menos passes. A Holanda jogava no contra-ataque e conseguia criar bons lances.

Aos 18 minutos, aconteceu a melhor jogada da partida. O meia Sneijder acertou um belo lançamento para Robben. O jogador saiu cara a cara com Casillas. E (creiam!) desperdiçou. A bola bateu no pé do goleiro e foi para escanteio. O holandês ainda protagonizaria uma oportunidade semelhante, também desperdiçada.

Até o final do tempo normal, as duas seleções criaram outras chances. Em vão. E o toque de bola paciente, faltando poucos minutos para o encerramento do jogo, revelou o desejo de ambas as equipes em disputar a prorrogação.

No tempo extra, o panorama do jogo não mudou muito: muito toque de bola e poucas chances concretas de gol. As criadas, porém, eram desperdiçadas. Destaque para um chute de Fabregas cara a cara com o goleiro Stekelenburg, bem semelhante com a jogada de Robben frente a Casillas.

Final do primeiro tempo da prorrogação, equipes trocaram de lado no campo. E aos 10 minutos da segunda etapa do tempo extra, os espanhois puderam gritar, pular e começar a entoar "É campeão!". Fabregas tocou para Iniesta. O atacante entrou na área e chutou sem chance de defesa para Stekelenburg. A Espanha abriu o marcador e decretou o resultado da partida sofrida.

Os holandeses tentaram alçar bolas aéreas. Correram, lutaram, suaram. Não deu. A nova campeã mundial de seleções é a Espanha. A Fúria conquistou seu primeiro título e entrou para o seleto grupo de campeões do mundo, ao lado de Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, França e Inglaterra. Bem-vinda, Fúria!

sábado, 10 de julho de 2010

Alemanha vira o placar e vence Uruguai

Neste sábado, a seleção da Alemanha venceu o Uruguai por 3 a 2 na cidade de Porto Elisabeth e garantiu o terceiro lugar na Copa.

A primeira etapa começou com a equipe alemã buscando o ataque. E foi a seleção europeia quem chegou ao gol primeiramente. Aos 19 minutos, Müller pegou rebote de chute de Schweinsteiger e marcou o tento alemão. Só que aos 28, Cavani igualou o marcador para os uruguaios.

No segundo tempo, o Uruguai começou melhor e logo virou o placar. Forlan recebeu cruzamento da direita e bateu de primeira para a rede, deixando os sul-americanos em vantagem no marcador.

Os alemães foram para cima e ainda conseguiram o empate. O resultado igual veio após mais uma falha do goleiro Muslera. Jansen não desperdiçou e mandou para dentro. Sobrou tempo ainda para Khedira virar o marcador para a seleção da Alemanha. O gol definiu o marcador e a disputa. A seleção conquistou o terceiro lugar no Mundial da África do Sul. De forma merecida.

Detalhe: novamente, o polvo Paul acertou o resultado da partida. O molusco marcou gol em todos os seus palpites. Muito bem, Paul: "A voz do polvo é a voz de Deus".

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Fúria joga melhor e derrota alemães

Apostando no toque de bola e na paciência, a seleção da Espanha foi melhor e venceu a Alemanha por 1 a 0. O resultado coloca os espanhois na final da Copa do Mundo contra a Holanda. Será uma disputa inédita entre as duas equipes no último jogo do Mundial.

A primeira etapa começou com as investidas da Espanha. E como era de se esperar, a equipe espanhola ficou com mais posse de bola no início do jogo. No entanto, não conseguia chegar com muito perigo. A Alemanha marcava intensamente e não deixava espaços para o jogo espanhol.

Com uma formação diferente e presença do atacante Pedro no lugar de Fernando Torres, a seleção da Espanha jogava mais pelas laterais. Mesmo assim, não criava lances perigosos, apostando mais no toque de bola lento e paciente.

Aos 14 minutos, a equipe conseguiu assustar o goleiro alemão Neuer. Iniesta cruzou para a área e o zagueiro Puyol, que se transformaria no nome do jogo, cabeceou para fora.

Em desvantagem no quesito posse de bola, a Alemanha não conseguia acertar os passes. A todo momento, os alemães buscavam criar algumas jogadas, porém pecavam no toque de bola. O primeiro lance de perigo da seleção só aconteceu aos 32 minutos. Trochowski, que substituiu Müller (suspenso), arriscou para o gol e Casillas espalmou para escanteio.

Com poucas chances concretas de gol e muito toque de bola, esse foi o primeiro tempo em Durban.

A etapa final iniciou com outra configuração. A seleção da Espanha começou mais ofensiva e criativa. Com passes mais rápidos, a equipe de David Villa passou a criar jogadas mais perigosas. Aos cinco minutos, Xabi Alonso arriscou para o gol de Neuer, mas a bola passou à esquerda do goleiro alemão e foi para a linha de fundo.

Como no primeiro tempo, a equipe espanhola continuou dominando as ações da partida. O gol era uma questão de tempo, sem dúvidas. Aos 28 minutos, um escanteio e uma cabeçada definiram o placar do jogo. Puyol subiu mais que qualquer zagueiro alemão e testou para o gol de Neuer, abrindo o marcador para a Espanha.

Com a vantagem no resultado, os espanhois tiveram que recuar. Os alemães foram para o ataque, mas não conseguiram furar o bloqueio adversário, bem postado em campo. Faltou poder ofensivo e criatividade aos jogadores de ataque da seleção alemã. E assim, a Espanha venceu a semifinal (merecidamente) e está na grande decisão da Copa da África do Sul.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Em jogo emocionante no final, Holanda vence Uruguai

A primeira semifinal da Copa do Mundo aconteceu nesta tarde de terça-feira. Na Cidade do Cabo, a seleção da Holanda venceu o Uruguai por 3 a 2 e está classificada para a final do torneio.

A primeira etapa começou com uma boa chance para a equipe da Holanda. Após esse lance inicial, a partida ficou equilibrada, com a disputa da bola concentrada no meio de campo. O Uruguai marcava bem e não dava espaços para os holandeses.

O primeiro gol do jogo só foi acontecer aos 18 minutos. Em jogada individual, Van Bronckhorst acertou um belo chute no ângulo, sem chances de defesa para o goleiro uruguaio Muslera. A Holanda abriu o marcador na Cidade do Cabo.

Com a vantagem no placar, a seleção holandesa passou a marcar de forma mais intensa. E o Uruguai buscava alguns espaços na defesa adversária para tentar chegar ao gol de empate. E em outra jogada individual, o tento saiu. Aos 41 minutos, Diego Forlan abriu espaço entre os marcadores holandeses e mandou um chute no meio do gol de Stekelenburg, que aceitou. Diga-se de passagem que a curva feita pela Jabulani contribuiu para a falha do goleirão holandês.

O segundo tempo iniciou com boas oportunidades para ambas as equipes. Mesmo assim, o Uruguai se saía melhor e criava as chances mais perigosas. Os uruguaios eram superiores também na defesa e marcavam a saída de bola dos holandeses. Assim, a seleção de Robben, Sneijder e cia. não conseguia criar lances concretos de gol.

Somente aos 23 minutos, a seleção da Holanda conseguiu criar uma boa oportunidade. Van Persie chutou para a defesa de Muslera. No rebote, Sneijder desperdiçou e chutou a bola para a linha de fundo. Dois minutos depois, o gol holandês saiu. O próprio Sneijder marcou o tento de desempate do jogo.

Aos 28 minutos, a Holanda ampliou o marcador com Robben. O meia recebeu cruzamento da esquerda, feito por Kuyt, e cabeceou para o fundo da meta de Muslera.

Em desvantagem no placar, a seleção do Uruguai partiu para o campo de ataque em busca do gol. E aos 47 minutos, Gargano diminuiu o marcador para os sul-americanos. Até o apito final do árbitro, a seleção uruguaia ainda arriscou cruzamentos para a área. Em vão. A classificação já estava nas mãos da Holanda, que agora espera o vencedor de Espanha x Alemanha. A Laranja Mecânica está na final da Copa do Mundo de 2010.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Felipe Melo: o nome do jogo

Começo assim esse post: Felipe Melo, o nome do jogo. Motivo? Sua participação na última partida brasileira na Copa do Mundo. Nesta sexta-feira, o volante foi decisivo. No jogo, o Brasil perdeu por 2 a 1 e está eliminado do Mundial.

A primeira etapa foi empolgante (para os torcedores brasileiros). A seleção jogava bem, tocando rápido e criando bons lances. Foi assim que saiu o primeiro gol. Aos 10, Felipe Melo fez um lançamento perfeito para Robinho. O atacante apareceu entre os zagueiros holandeses e bateu na saída do goleiro Stekelenburg.

Com a vantagem no marcador, a equipe brasileira ainda teve chances de aumentar o placar. Mas desperdiçou. Mesmo assim, a etapa inicial terminou com a vitória parcial.

No segundo tempo, a seleção da Holanda voltou com outro espírito. A Laranja passou a chegar com mais perigo no gol de Júlio César. Só que o primeiro gol holandês saiu após cobrança de falta. Uma infração que não existiu, diga-se de passagem. Robben driblou o jogador brasileiro e pulou. O árbitro caiu na conversa dele e assinalou a falta. E foi por meio do cruzamento que aconteceu o gol de empate, marcado por Felipe Melo de cabeça. Olha ele aí!

Com o resultado igual, a seleção holandesa teve mais posse de bola e logo chegou ao segundo gol. Após escanteio, a bola sobrou para Sneijder que converteu. Detalhe: o tento saiu depois de falha generalizada do sistema defensivo brasileiro.

A partir daí, a seleção brasileira ficou perdida em campo: passes errados, marcação frágil. E quase tomou outros gols. Foi assim que os brasileiros se despediram da Copa. Ah, último detalhe: Felipe Melo, o nome da partida, foi expulso. Sim, ele deu assistência para o gol brasileiro, empatou para a Holanda e ainda recebeu o cartão vermelho, após falta infantil. O camisa 5 foi o NOME DO JOGO! Tchau, Brasil! O Hexa terá de esperar até 2014 (ou 2018, ou...)!


URUGUAI X GANA

Às 15h30 desta sexta-feira, a seleção do Uruguai venceu Gana nos pênaltis e está nas semifinais na Copa. Os uruguaios empataram no tempo normal e na prorrogação em 1 a 1. Mas nas penalidades, foram melhores e mais decisivos, convertendo quatro das cinco cobranças.

Não consegui assistir ao jogo, mas tive a oportunidade de ver as penalidades máximas. Destaque para a cobrança audaciosa de El Loco Abreu, que deu um "totózinho" na bola. A Jabulani foi mansinha para a rede: golaço e classificação uruguaia!

Primeira semifinal da Copa do Mundo definida: Holanda x Uruguai. Amanhã, a Alemanha pega a Argentinaf. E o Paraguai encara a Espanha. Desses dois confrontos, saem os próximos semifinalistas. Emoção à flor da pele na reta final do Mundial!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Dia sem Copa do Mundo

O interminável dia sem Copa. Só podia começar assim. Não de outro jeito. Afinal, ele foi como foi dito (com perdão da redundância, ou tautologia, ou outra coisa que o valha)... Foi também diferente, distinto de seus irmãos mais velhos. Desde o começo de junho até a terça-feira última, não ocorria um dia assim.

Efeito Copa é vicioso. Os primeiros dias (ah, muito bons!), três jogos. Era como beber no café da manhã, banhar-se de álcool com um prato de comida. E, no café da tarde, deliciar-se com mais um copo de puro vício. A comparação pode ser exagerada. Mas vale, creia nisso. Assistir a jogos de futebol cria um vício tremendo. São doses estupendas de emoção, gritos de gol, estrondosos sons (as vuvuzelas explicam melhor essa parte)...

... essa é a Copa da África do Sul. Mas como é viver sem ela por dois dias? Um martírio, valho-me aqui novamente de um toque exagerado. Só quem ama futebol compreende. Quem não ama, um dia amará e entenderá esse vício, penetrante e intenso.

Como dizia, a quarta-feira (sim, ontem!) foi diferente dos últimos dias. Não só pelo sol escaldante, visto por mim da janela entreaberta. Mas, principalmente, por conta da programação na televisão. Até mesmo a rotina foi distinta: às 11h, estava ainda dormindo, perfeito em minha cama, roncando (toque de realce, diga-se de passagem), afinal o sono era profundo. Essa cena não aconteceu nos dias anteriores. Levantava cedo, as partidas da Copa tinham horários marcados.

Quando o relógio marcou 15h30, veio a pergunta reflexiva: "Qual o jogo de hoje?". Fiquei sem resposta. Óbvio. Continuei meu dia atípico: li capítulos de "Rede Globo - 40 anos de Poder e Hegemonia" para um trabalho da faculdade, e páginas de "A Sangue Frio", do excelente Truman Capote. Mas, espera aí: e a Copa do Mundo? Fez falta nesse segundo dia de férias. Sua ausência provocou um vazio. E esse vazio terá presença hoje.

Como faço? O jeito é esperar a sexta-feira. O segundo dia desse mês de julho. Ele reserva mais emoções. As vuvuzelas voltarão a tocar. O som das arquibancadas ecoará novamente. A Copa retornará imponente. As quartas de final prometem. Só espero que esses dois dias durem. Não quero que o domingo chegue logo. Por dois motivos: primeiro, não terá Copa; segundo, o show do Roupa Nova já terá passado.

A madrugada se alonga e escrevo essas linhas. O intuito? Com mero propósito de combinar palavras. O som delas ecoa forte, tal qual as vuvuzelas na África do Sul. Que venham as quartas de final: estou a sua espera...

Corra e abrace

Essa crônica é um trabalho entregue à disciplina de Língua Portuguesa I. Publico-a aqui nesse intervalo de dias sem jogos da Copa do Mundo, que estou cobrindo na íntegra. Espero que gostem.

Certo dia, a Avenida Paulista foi tomada por um pequeno grupo de estudantes. Eles ofereciam, como podia ser visto em placas penduradas em seus pescoços, “abraços gratuitos”. Janaína andava apressadamente até ser abordada pelos jovens. Fingiu que não viu e apertou os passos mais e mais.

Um número enorme de pessoas passava como ela, recusando a oferta. Umas poucas davam stop nos problemas por brevíssimos segundos e aceitavam o gesto de carinho descompromissado.

Distante de lá, Fabiana e Julio se conheciam melhor. Ambos, estudantes; ela, de jornalismo; ele, de direito. Os dois haviam sido apresentados um ao outro por um amigo em comum. Marcaram o segundo encontro naquela tarde. Conversaram por horas. O relógio marcava cinco e meia da tarde, os dois aproximaram os corpos e envolveram-se em um abraço.

O magnetismo se fez presente como um imã, a intimidade cresceu entre os jovens. Depois do gesto, o beijo complementou as emoções. Mas o elo já estava criado, e fora a partir de um abraço. Eis a importância do sinal, um código de sentimentos.

Naquele mesmo instante, Pedro comemorava seu aniversário de 30 anos. O rapaz foi abraçado por muitas pessoas. Mas os gestos não foram iguais, simples contatos físicos e mecânicos. Cada um representou certa emoção, uma diferente da outra.

Ao entrelaçar-se com seu pai, o sentimento de amor ganhou força. Os dois reviveram abraçados, durante aquele minuto de carinho, momentos históricos. Pedro disse:

- Meu velho, lembra de quando brincávamos no parque perto de casa?

O pai respondeu:

- Claro, meu filho. E me diga se você tem a recordação de sua festa de aniversário de 18 anos? Que momento especial aquele, hein, garoto?!

Ali, abraçados, pai e filho comentaram vários episódios de suas vidas juntos. Era uma mistura de emoções diferentes, proporcionadas por aquela troca de energias. O código do abraço teve efeito mais uma vez, aproximou e revelou muitos significados.

Em cada lugar, um sentido diferente. Naquele mesmo dia, dos “abraços gratuitos” e das situações vividas por Pedro e seu pai, Fabiana e Julio, ocorreu à noite o velório de Janete. A mulher deixou na Terra somente uma filha. Ela compareceu e alguns poucos familiares vieram de longe para prestar a homenagem.

A maioria abraçou a filha de Janete tão forte, mas tão forte, que a reconfortou. O abraço teve uma importância tremenda, representou um gesto de respeito, um sinal de carinho.

É incrível como o abraço tem várias funções. Em velórios, eventos religiosos, aniversários, encontros amorosos... O sinal é ligação íntima, entrelaçamento de realidades. Um abraço coletivo, por exemplo, é um “mar de energias”, confluência de mundos diferentes em um só centro. Mas o gesto de abraçar é cada vez menos frequente.

Corre-se pra lá e pra cá, é estresse, falta de tempo etc. Assim não tem jeito! E o abraço, onde fica? Está em período de pré-extinção.

Qual o futuro do abraço? O mesmo do “Olá, tudo bem?”, repetido diariamente pelas pessoas em suas relações sem qualquer reflexão? Não sei ao certo, mas deixo a dica: abrace, doando energias, pois você também as receberá.

Façamos isso, antes que o abraço saia de cena por tempo indeterminado... Ou vire gesto mecânico e automático.

E você, meu leitor, abraça com frequência?

terça-feira, 29 de junho de 2010

Villa decide para Espanha com gol irregular

O gol demorou, mas saiu. A Espanha venceu a seleção de Portugal pelo placar de 1 a 0. David Villa marcou o gol na etapa final e garantiu a classificação para os espanhois.

Com menos de um minuto, a seleção da Espanha chegou com perigo ao gol de Eduardo. Fernando Torres arriscou um belo chute e o arqueiro português defendeu. Essa foi a primeira boa oportunidade da equipe espanhola, que começou melhor a partida. As jogadas pelo setor esquerdo do campo eram as principais armas da seleção.

Esperando a Espanha no campo de defesa. Essa foi a característica inicial dos portugueses na primeira etapa. Mesmo assim, a seleção de Portugal criou alguns bons lances por meio de contragolpes. Na marcação, a configuração das duas equipes estava equilibrada, já que ambas obtinham resultados satisfatórios nesse aspecto.

Em uma das oportunidades criadas pela seleção portuguesa, quase Tiago marcou o primeiro gol do jogo, aos 20 minutos. Após passe de Fabio Coentrão, o meia arriscou para a meta de Casillas, que fez uma boa defesa.

Até o final da primeira etapa, a seleção da Espanha buscou o gol, mas não encontrava muitos espaços na defesa de Portugal. E quando chegava com perigo, o goleiro Eduardo salvava a seleção portuguesa com ótimas defesas.

Quanto ao craque da seleção portuguesa, Cristiano Ronaldo, sua participação no primeiro tempo se resumiu a uma cobrança de falta, que o goleiro Casillas defendeu. Só. Repito: só isso! E sua atuação na etapa final também foi ruim.

No segundo tempo, a seleção da Espanha começou da mesma forma, tocando a bola e buscando dominar as ações do jogo. No entanto, errava passes e sofria com a marcação adversária. Enquanto isso, os portugueses utilizavam os contra-ataques para tentar criar alguma oportunidade e também pecavam na tão ausente "objetividade". Essa característica faltava para as duas equipes, a finalização concreta a gol.

A entrada do atacante Llorente na seleção da Espanha melhorou a qualidade da equipe. Aos 15, o próprio jogador cabeceou e Eduardo espalmou em uma ótima chance para os espanhois. No minuto seguinte, David Villa acertou um belo chute que foi para a fora, mas raspou a trave do goleiro português.

Dois minutos depois, a Espanha chegou ao gol. Iniesta tocou para Xavi, que deu um belo passe para Villa. Na cara do gol, o atacante chutou, Eduardo espalmou, mas a bola sobrou para o próprio Villa. O atacante não desperdiçou e mandou pro fundo da rede. Detalhe: Villa estava impedido quando Xavi tocou para ele. Mais um erro da arbitragem na Copa. E decisivo, diga-se de passagem.

Até o final do jogo, a seleção da Espanha criou outros bons lances, como aos 25 minutos, quando Sérgio Ramos penetrou na área e chutou na diagonal para a boa defesa de Eduardo. Mais uma vez, o goleirão português salvou a pátria lusa. Enquanto isso, Portugal tentava se acertar em campo, mas errava passes e não conseguia ficar com a bola. E a classificação para a fase seguinte da Copa do Mundo ficou nas mãos (e nos pés) da Espanha. Nas mãos também do bandeirinha, é claro. (FOTO: Site oficial da FIFA)

Nos pênaltis, Paraguai elimina Japão

Que jogo complicadinho, viu?! Desculpe a linguagem informal, mas é impossível descrever a partida entre Paraguai e Japão de outra forma. Em Pretoria, as duas seleções empataram sem gols no tempo normal e na prorrogação. Levaram a disputa para os pênaltis e o Paraguai se saiu melhor e está classificado para as quartas de final da Copa.

A partida no tempo normal foi equilibrada, com muito toque de bola e diversos passes errados. Lances perigosos foram poucos e a maioria era chute de longa distância. Essa foi a tônica da etapa inicial.

No segundo tempo, a configuração do jogo não mudou muito: equilíbrio e poucas chances concretas de gol. O Paraguai continuou com mais posse de bola, mas quem assustava mais era o Japão. Os asiáticos criavam as melhores oportunidades, principalmente em jogadas de bola aérea.

Com pouca movimentação, a partida terminou sem gols. Cinco minutos de descanso e a prorrogação começou. No tempo extra, a seleção paraguaia iniciou melhor e mais ofensiva. Criando as chances mais perigosas, a equipe sul-americana assustou o goleiro japonês. Mas o gol que era bom não saía.

O desespero tomou conta das duas equipes no final da segunda etapa da prorrogação. Com pouca técnica, as seleções não conseguiram marcar nenhum gol e a disputa foi para os pênaltis. Emoção pura em Pretoria.

PÊNALTIS

O Paraguai foi o primeiro a cobrar. Barreto chutou e abriu o marcador para a seleção sul-americana. Endo empatou em seguida. Barrios fez o segundo gol para os paraguaios. Logo após, Hasebe igualou novamente o placar (2 a 2).

Riveros colocou os paraguaios à frente mais uma vez. Komano assustou os torcedores e mandou a bola no travessão (3 a 2 para o Paraguai). Valdez acertou sua cobrança e deixou o Paraguai mais à frente do placar. Honda ainda diminuiu para os japoneses, mas na última cobrança, Cardozo acertou o gol. Fim de jogo, 5 a 3 para os paraguaios. Até que enfim, diga-se de passagem. O Paraguai está nas quartas de final e enfrentará o vencedor de Portugal x Espanha, que jogam às 15h30.

Brasil vence e convence; está nas quartas

A maior vitória até o momento na Copa da África do Sul. Com bom futebol, a seleção brasileira bateu o Chile por 3 a 0 e está classificada para as quartas de final do Mundial. Enfrentará na próxima fase a equipe da Holanda.

A partida em Johannesburgo começou com o Chile no ataque, no primeiro minuto. Aos três, a seleção sul-americana assustou a defesa brasileira com um cruzamento para a área. Mesmo com essa pressão inicial, a seleção brasileira logo respondeu. E aos nove minutos, Gilberto Silva levou perigo ao goleiro Bravo. O volante brasileiro chutou forte e o arqueiro chileno conseguiu defender.

Com pouca movimentação e pequeno espaço para jogar, a equipe brasileira não conseguia chegar com perigo ao campo de ataque. A única alternativa era arriscar chutes de longa distância. Em vão, já que eles não acertavam o gol.

A partir dos 20 minutos, o jogo no Ellis Park ficou monótono: poucas chances concretas de gol e passes errados. O Brasil jogava muito pelo centro do campo e atuava bem pouco pelas laterais, situações que poderiam originar cruzamentos perigosos para a área. Por falar em cruzamento... Aos 34 minutos, um escanteio para a seleção e o momento mais esperado pelos brasileiros. Juan subiu mais alto que os zagueiros chilenos, cabeceou firme e a bola foi para o fundo do gol.

Com o placar favorável, a seleção brasileira passou a ficar mais no ataque. Quatro minutos após o primeiro tento, a equipe conseguiu ampliar o marcador. Em toque de Kaká, Luis Fabiano saiu cara a cara com o goleiro Bravo, driblou-o e mandou para o gol. Um verdadeiro golaço para coroar o primeiro tempo!

Na segunda etapa, o Brasil iniciou segurando a bola e o resultado positivo. Em desvantagem, os chilenos corriam atrás do gol, mas esbarravam na forte marcação brasileira. Enquanto isso, a equipe nacional aproveitava os contragolpes. Aos 14 minutos, Ramires limpou a zaga chilena e a bola sobrou para Robinho. O atacante não desperdiçou e marcou o terceiro gol brasileiro no Ellis Park.

Até o final da partida, a seleção do Chile buscou o gol e criou algumas boas oportunidades. Aos 21, Valdivia, que entrou no segundo tempo, arriscou e a bola foi para fora, assustando o goleiro brasileiro Júlio César. Nove minutos depois, Suazo também bateu pro gol, mas Júlio defendeu. Mesmo com a entrada de Valdivia, o que melhorou a qualidade do passe dos chilenos, a seleção não conseguiu fazer o gol. Melhor para os brasileiros, que só seguraram o bom resultado e a classificação para a próxima fase.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Holanda vence Eslováquia e está nas quartas

Com gols de Robben e Sneijder, a Holanda venceu a Eslováquia por 2 a 1 agora há pouco. O resultado positivo coloca a seleção europeia nas quartas de final da Copa. Agora, a equipe espera o classificado do jogo Brasil x Chile.

A partida em Durban começou com movimentação de ambas as equipes. Mas a Holanda foi superior nos minutos iniciais e logo marcou o gol. Robben passou pelo zagueiro adversário, entrou pela esquerda e bateu no cantinho da meta de Mucha, abrindo o marcador para os holandeses.

Até o final da primeira etapa, a seleção da Holanda recuou e passou a jogar por meio de contragolpes. Enquanto isso, a equipe da Eslováquia tentava armar alguns lances e criar oportunidades de gol. Em vão.

No segundo tempo, a situação permaneceu igual: Holanda recuada e segurando o resultado positivo e Eslováquia tentando furar a boa marcação holandesa. Perto do fim, a seleção de Robben ainda marcou o segundo gol em rápida cobrança de falta, que parou nos pés de Kuyt. O jogador tocou para Sneijder, que não desperdiçou e mandou para o fundo da rede.

Com a vantagem de dois gols no placar, a seleção holandesa continuou atrás e marcando forte. E no último minuto de jogo, o atacante da Eslováquia Vittek entrou na área e, segundo o árbitro, foi derrubado pelo goleiro da Holanda. Pênalti para os eslovacos. Na cobrança, o próprio atacante bateu e diminuiu o marcador. Logo após, o árbitro soou o apito e decretou o final da partida. Holanda classificada para a próxima fase.

domingo, 27 de junho de 2010

Argentina vence México e encara alemães na próxima fase

Com primeiro gol marcado em posição irregular de Tevez, a Argentina venceu o México por 3 a 1. A seleção sul-americana garantiu, com o resultado, a classificação para as quartas de final e enfrentará os alemães, que venceram a Inglaterra mais cedo por 4 a 1.

A partida começou com toques das duas equipes no meio de campo, sem muitos lances de perigo. Mas... Aos sete minutos, o México chegou ao campo de ataque e assustou o goleiro argentino Romero em chute que explodiu no travessão. Um minuto depois, outra boa jogada dos mexicanos, que foi parar na linha de fundo após passar pertinho da trave.

Os minutos iniciais foram de jogadas boas para ambas as equipes e nenhum gol. O tento só foi acontecer aos 26 minutos - e foi o lance mais polêmico da partida. Messi recebeu a bola de Carlos Tevez e chutou em direção ao gol. Carlitos ainda desviou de cabeça e a bola foi parar nas redes. O problema: Tevez estava em posição irregular quando Messi chutou para o gol. O bandeirinha não assinalou o impedimento, a situação gerou reclamações dos mexicanos. Em vão, o gol argentino foi confirmado pelo árbitro.

Aos 32 minutos, o México praticamente deu "adeus" à Copa. Em erro do zagueiro Osorio, Higuain aproveitou o lance, driblou o goleiro Perez e mandou para o fundo da rede. Um belo gol dos argentinos no Soccer City. No finzinho da primeira etapa, o próprio atacante quase marcou o terceiro de cabeça, mas desperdiçou a oportunidade.

No segundo tempo, o México foi para cima no início. Porém, aos sete minutos Tevez novamente. Ele, que já havia marcado o primeiro gol, assinalou o terceiro. O atacante deu um chute certeiro, sem chances de defesa para o goleiro Perez, de menos de 1.80m.

Após o gol argentino, os mexicanos correram em busca de pelo menos um para diminuir. Errando passes e esbarrando na marcação da Argentina, a equipe do México só conseguiu chegar ao tento com 26 minutos de jogo. Hernandez recebeu bom passe de Torrado e bateu forte à esquerda do goleiro Romero.

Até o final da partida, os mexicanos ainda tentaram alguns lances, mas não conseguiram avançar. Estão fora da Copa do Mundo. A Argentina está classificada mais uma vez contra os mexicanos (reedição das oitavas de final de 2006, quando os Hermanos também eliminaram o México) e enfrentará a poderosa Alemanha. Disputa entre os melhores ataques do Mundial até o momento - Argentina, com 10 gols; Alemanha, com 9. Será, sem dúvidas, um grande jogo nas quartas de final. (FOTO: Site oficial da FIFA)

Melhor em campo, Alemanha goleia Inglaterra

Foi um verdadeiro jogaço. Reedição da partida ocorrida em 1966, Alemanha x Inglaterra teve direito a goleada e erro de arbitragem contra os ingleses. No fim, os alemães venceram por 4 a 1, com dois gols de Müller.

A partida começou disputada no meio de campo, com a Inglaterra tentando avançar. Enquanto isso, a Alemanha marcava e buscava os contragolpes para intimidar a defesa adversária. A primeira boa chance do jogo foi dos alemães, com Özil que recebeu na saída do goleiro James e bateu para a defesa do arqueiro inglês.

O jogo ficou equilibrado, com uma leve superioridade da Alemanha. O time de Podolski, Klose e cia. tocava melhor a bola e criava as oportunidades mais perigosas. E aos 20 minutos, a seleção alemã chegou ao gol. Klose recebeu lançamento do goleiro Neuer (isso mesmo!), que cobrou tiro de meta, deixou o zagueiro inglês para trás e bateu na saída de James. A Alemanha abriu o marcador em Bloemfontainen.

Com desvantagem no placar, a seleção inglesa passou a correr em busca do empate. No entanto, pecava ao enfrentar a boa marcação adversária e tinha pouca objetividade nas conclusões. Nos contragolpes, a seleção da Alemanha chegava com mais perigo. Aos 32 minutos, Özil tocou para Klose, que deu um rápido passe para Müller. O meia tocou à frente para Podolski. O camisa 10 da seleção alemã não desperdiçou e ampliou o marcador.

Cinco minutos após o segundo da Alemanha, a Inglaterra conseguiu chegar ao gol. Em cruzamento de Gerrard, Upson subiu mais que a defesa alemã e cabeceou para o fundo da rede. Um pouco depois, Lampard chutou de fora da área, a bola tocou no travessão e entrou. O juiz não viu, a jogada seguiu com o goleiro alemão Neuer repondo a bola em jogo. Erro da arbitragem, reedição do que ocorreu em 1966 (desta vez, ao contrário), quando os ingleses foram favorecidos por uma bola que não entrou e o gol foi validado.

A segunda etapa começou quente. Aos seis minutos, Lampard arriscou do meio de campo e acertou o travessão de Neuer. Quase a Inglaterra empatou o jogo. Desfavorecida, tanto pelo placar quanto pelo juiz, a seleção inglesa foi em busca do gol. Porém, criava poucos lances de perigo e dava espaços para os contra-ataques da seleção da Alemanha.

Foi assim que, aos 21 minutos, Müller marcou o terceiro gol alemão. Após cobrança de falta errada da Inglaterra, a equipe da Alemanha pegou o rebote e aproveitou o contragolpe. Podolski tocou para Müller, que bateu no cantinho e ampliou o marcador em Bloemfontainen.

Quatro minutos depois, o próprio jogador marcou o quarto gol para a Alemanha. Novamente em jogada de contra-ataque, a seleção chegou com Özil. O meia só tocou para a chegada de Müller, que bateu para o gol sem problema algum. O gol definiu o placar do jogo. Depois dele, a seleção da Alemanha passou a tocar a bola e segurar o bom resultado. A Inglaterra ainda tentou alguns lances, mas sem eficiência. E em 2010, deu Alemanha. Para a infelicidade dos ingleses, que foram vingados. (FOTO: Site oficial da FIFA)

sábado, 26 de junho de 2010

Gana põe norte-americanos para fora da Copa

Única seleção africana a se classificar para as oitavas de final, a equipe de Gana conseguiu avançar ainda mais no Mundial. Os africanos venceram a seleção dos Estados Unidos por 2 a 1 na prorrogação. O tempo normal acabou 1 a 1.

A partida começou com a investida ao ataque da seleção norte-americana. Mas o primeiro lance de perigo e o gol de abertura do placar foi de Gana. A equipe chegou ao tento com Prince Boateng, que roubou a bola no meio de campo e avançou até a meta de Howard e mandou pro fundo da rede.

Com a vantagem no marcador, a seleção africana passou a dominar o jogo. Demorou para a equipe dos Estados Unidos acordar e pressionar em busca do gol. E mesmo com as tentativas da seleção norte-americana, o gol não saía e o primeiro tempo terminou com a Gana na frente do placar.

Na segunda etapa, os Estados Unidos voltaram melhor do vestiário. Com mais movimentação e agilidade, a seleção norte-americana passou a criar mais chances de perigo e assustava o goleiro Kingson. No entanto, o empate só aconteceu aos 17 minutos. Em jogada ofensiva, o meia Dempsey é derrubado na área e o árbitro assinala a penalidade máxima. Na cobrança, Donovan bate na trave e a bola vai pro gol mesmo assim.

O resultado igual deixou a partida mais equilibrada. As duas equipes criavam algumas oportunidades e todas eram desperdiçadas. O jogo se arrastou assim até o final e foi para o tempo extra.

Logo no início da prorrogação, a seleção de Gana definiu o resultado final da partida. Gyan, aos 3 minutos do tempo extra, marcou o gol para os africanos em belo chute que o goleiro Howard não conseguiu evitar. Tanto no primeiro, quanto no segundo tempo da prorrogação, os norte-americanos foram para cima de Gana e até criaram alguns lances. Entretanto, os jogadores esbarravam na forte marcação africana.

Nos últimos minutos da partida, o goleiro norte-americano Howard ainda tentou ajudar sua equipe indo para a área de ataque durante uma cobrança de escanteio. Mas não deu resultado. E a seleção de Gana pôde comemorar ao som do apito do juiz.

A equipe africana está classificada para as quartas de final da Copa do Mundo e reeditou a vitória contra os norte-americanos, que já havia ocorrido no Mundial de 2006. Na época, as seleções se enfrentaram na primeira fase e os africanos garantiram a vaga para as oitavas, eliminando os Estados Unidos. (Foto: Getty Images)

Detalhes do confronto (Fonte: Site oficial da FIFA)

EUA
Gana
20Chutes16
5Escanteios4
3Cartões Amarelos2
0Expulsão por 2º cartão amarelo0
0Cartões Vermelhos0
51%Posse (%)49%

Uruguai é o primeiro a ir para as quartas de final

O nome dele é Suárez. Mais uma vez o atacante foi decisivo e garantiu a classificação do Uruguai sobre a Coreia do Sul. Na manhã deste sábado, os uruguaios venceram por 2 a 1 os asiáticos, com dois gols de Suárez, e passaram às quartas de final da Copa do Mundo.

A primeira chance na partida assustou os uruguaios. Aos cinco minutos, a Coreia do Sul chegou com perigo e quase abriu o marcador em Porto Elisabeth. Três minutos depois, a seleção do Uruguai se impôs e chegou ao gol de inauguração do placar. Fórlan cruzou para a área, o goleiro da Coreia falhou no lance e deixou a pelota passar. Ela parou nos pés do atacante Suárez que não desperdiçou e mandou pro fundo da rede.

À frente no marcador, a seleção do Uruguai passou a jogar nos contragolpes, marcando forte os jogadores coreanos. Foi assim que a equipe de Park Ji-Sung chegou com perigo em muitas oportunidades. Mas não conseguiu marcar o gol de empate na primeira etapa.

O segundo tempo começou com a Coreia mais eficiente e perigosa. Criando bons lances, a seleção asiática ameaçava chegar ao gol de empate em breve. O tento demorou, mas de tanto pressionar a equipe conseguiu furar a meta de Muslera. Lee Chung Yong igualou o marcador no estádio de Porto Elisabeth para a festa dos sul-coreanos. Com o empate, a disputa ia para a prorrogação.

Sem a vantagem no placar, os uruguaios resolveram voltar ao jogo, literalmente. E com um lindo chute de Suárez, a seleção sul-americana decretou o marcador final da partida. O atacante abriu espaço entre a zaga sul-coreana e mandou no cantinho do goleiro. O tento garantiu a classificação dos uruguaios para as quartas de final da Copa. Suárez e cia. esperam o vencedor de Estados Unidos x Gana, que jogam daqui a pouco, às 15h30. (FOTO: SITE OFICIAL DA FIFA)

Detalhes do confronto (Fonte: site oficial da FIFA)

Uruguai
Coreia do Sul
14 Chutes 15
3 Escanteios 3
0
Cartões Amarelos 3
0 Cartões Vermelhos 0
46% Posse de Bola (%) 54%

Últimos jogos - Primeira fase da Copa

Galera, não consegui escrever sobre os últimos jogos da primeira fase. Motivo: tive uma entrevista de estágio na última quinta-feira e outros compromissos breves. Enfim, para não ficar atrasado, publicarei somente os resultados e os próximos confrontos das oitavas de final:

23/06

Gana 0 x 1 Alemanha / Austrália 2 x 1 Sérvia

24/06

Eslováquia 3 x 2 Itália / Paraguai 0 x 0 Nova Zelândia / Dinamarca 1 x 3 Japão / Camarões 1 x 2 Holanda

25/06

Portugal 0 x 0 Brasil / Coreia do Norte 0 x 3 Costa do Marfim / Chile 1 x 2 Espanha / Suíça 0 x 0 Honduras

Com esses resultados, os jogos das oitavas são os seguintes:

Hoje - 11h - Uruguai 2 x 1 Coreia do Sul (com comentário daqui a pouco no FG)

Hoje - 15h30 - Estados Unidos x Gana (com comentário logo após o jogo)

27/06 - 11h - Alemanha x Inglaterra

27/06 - 15h30 - Argentina x México

28/06 - 11h - Holanda x Eslováquia

28/06 - 15h30 - Brasil x Chile

29/06 - 11h - Paraguai x Japão

29/06 - 15h30 - Espanha x Portugal

quarta-feira, 23 de junho de 2010

No último minuto, EUA se classificam. Inglaterra também garante vaga

Foi no sufoco. No último minuto de jogo, os Estados Unidos marcaram o gol da vitória sobre a Argélia e garantiram a vaga na próxima fase da Copa. Na segunda colocação do Grupo C, ficou a Inglaterra, que venceu a Eslovênia por 1 a 0. Acompanhei as duas partidas simultaneamente. Confira os comentários, hoje de uma forma diferente, com as análises dos jogos ao mesmo tempo:

Em Porto Elisabeth, a Inglaterra enfrentou a Eslovênia e precisava de um resultado positivo para garantir a classificação. Enquanto isso, em Pretoria os Estados Unidos encaravam a Argélia e também necessitavam de uma vitória para conquistar a vaga.

O jogo na cidade portuária da África do Sul começou antes. Na primeira etapa, a seleção da Inglaterra foi melhor e criou boas oportunidades. Mas somente aos 23 minutos que a equipe europeia conseguiu chegar ao gol. Após cruzamento da direita, Defoe se antecipou aos zagueiros eslovenos e tocou para as redes, abrindo o placar.

Enquanto o English Team vencia a Eslovênia por 1 a 0 e dominava as ações do jogo, Estados Unidos e Argélia faziam uma partida equilibrada com bons lances de ambos os lados. No entanto, as melhores oportunidades eram desperdiçadas. Foi uma sucessão de erros e gols perdidos no primeiro tempo. Situação que se repetiu na segunda etapa.

No segundo tempo, a Inglaterra continuou imponente e criava as melhores chances de gol. Mesmo assim, não conseguia aumentar a vantagem sobre os eslovenos. Já em Pretoria, a partida permaneceu da mesma forma, com vários lances de perigo e gols desperdiçados.

Aos 48 minutos, o árbitro de Inglaterra x Eslovênia decretou o fim de jogo. Com o empate sem gols entre Estados Unidos e Argélia, os eslovenos estavam se classificando para as oitavas de final. Mas... No exato momento em que acabou a partida em Porto Elisabeth, os Estados Unidos abriram o marcador em Pretoria. Donovan marcou o gol norte-americano e acabou com a festa da Eslovênia. O tento garantiu a classificação dos Estados Unidos, que ainda ficaram na primeira colocação do grupo.

Emoção até o fim marcou a decisão do Grupo C. Logo mais, dois jogos pelo Grupo D definem os classificados que enfrentam Inglaterra e Estados Unidos nas oitavas de final: Gana x Alemanha e Austrália x Sérvia.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Argentina e Coreia do Sul avançam no Grupo B

Na tarde de hoje, o Grupo B definiu seus classificados para as oitavas de final da Copa do Mundo. Jogando contra a Grécia, a Argentina não teve dificuldades para vencer e garantiu sua vaga. No outro jogo do grupo, a Coreia do Sul empatou com a Nigéria e também está classificada para a próxima fase do Mundial. Eu assisti ao primeiro tempo do jogo Argentina x Grécia e acompanhei o segundo tempo desse jogo pelo rádio no caminho para a faculdade. Alguns comentários, abaixo:

ARGENTINA 2 X 0 GRÉCIA

Com a maior parte dos jogadores reservas, a seleção da Argentina enfrentou a fraca Grécia em Polokwane. A equipe sul-americana não encontrou dificuldades para derrotar a seleção européia por 2 a 0.

Na primeira etapa, a seleção da Argentina dominou as ações da partida. Com Messi na equipe, um dos únicos titulares que atuaram, os sul-americanos criaram as melhores oportunidades. Enquanto isso, a seleção da Grécia tentava segurar o ímpeto argentino, já que o empate a garantia na próxima fase da competição mundial.

Jogando melhor, a Argentina chegou com perigo ao gol adversário em boas jogadas de Véron. Contudo, a seleção sul-americana desperdiçava as melhores chances. E o primeiro tempo terminou sem gols.

A etapa final continuou com a mesma tônica: a seleção argentina melhor em campo e criando os lances mais perigosos. Foi assim que o zagueiro Demichelis chegou ao gol de abertura do placar. O tento dos hermanos só aconteceu aos 32 minutos. O defensor marcou o gol após chutar em cima do atacante Milito. A bola sobrou para Demichelis que não desperdiçou. E no finalzinho de jogo, Palermo ainda ampliou o marcador para a Argentina. Com o resultado, a seleção sul-americana garantiu a vaga nas oitavas de final e enfrentará o México.

NIGÉRIA 2 X 2 COREIA DO SUL

Simultaneamente ao jogo entre Argentina e Grécia, a Coreia do Sul enfrentou a Nigéria. A seleção asiática conseguiu resistir à pressão dos nigerianos e garantiu o empate que a colocou na próxima fase da Copa.

Na etapa inicial, a Nigéria começou melhor e criou boas chances. Assim, a seleção africana chegou ao gol primeiro. Logo aos 12 minutos, o atacante Uche abriu o marcador para os nigerianos. A Coreia do Sul não se intimidou e chegou ao empate ainda na primeira etapa de jogo.

No segundo tempo, a seleção asiática iniciou superior e chegou à virada aos quatro minutos. Um pouco depois, a seleção da Nigéria teve uma boa oportunidade com o atacante Yakubu, que desperdiçou. Mesmo assim, a equipe africana conseguiu igualar o marcador aos 24 minutos. Daí até o final, a Nigéria continuou uma pressão em busca do gol da vitória. A Coreia do Sul agüentou e garantiu a classificação para a próxima fase da Copa e enfrentará o Uruguai.

Bafanas-Bafanas estão fora e levam junto a França

Nesta manhã, a classificação do Grupo A da Copa do Mundo foi decidida. Jogaram França x África do Sul e Uruguai x México às 11h. Confira comentários dos dois jogos, que acompanhei simultaneamente.

FRANÇA 1 X 2 ÁFRICA DO SUL

Na partida entre os franceses e os sul-africanos, vimos um jogo bem disputado. A primeira etapa foi dominada pelos anfitriões que criaram as melhores oportunidades. Contudo, boas chances eram desperdiçadas pelos atacantes sul-africanos. Enquanto isso, a seleção francesa pouco criava e esbarrava na forte marcação adversária.

Os primeiros gols saíram ainda na etapa inicial. O zagueiro Khumalo abriu o marcador para os sul-africanos, que ainda fizeram o segundo tento com Mphela. À essa altura, os bafana-bafana estavam mais perto da classificação.

No segundo tempo, a situação da África do Sul ficou mais delicada. Com o gol do Uruguai no jogo contra o México, a seleção-sede da Copa precisava marcar mais dois gols contra a França para se classificar. Porém, a equipe europeia conseguiu diminuir o marcador com Malouda e acabou com a expectativa sul-africana.

No finalzinho, a África do Sul ainda tentou chegar ao gol em algumas boas jogadas. Em vão. A seleção já estava desclassificada. E levou junto a França, que fez uma péssima campanha na Copa. E merecidamente deixou o país do Mundial na primeira fase. Motivo: se classificou para o torneio com um gol de mão de Henry contra a Irlanda.

URUGUAI 1 X 0 MÉXICO

No jogo entre Uruguai e México, muitos esperavam a famosa "partida de compadres". No entanto, não foi isso que aconteceu. As duas equipes fizeram boas jogadas, criaram oportunidades e levaram perigo ao adversário.

A primeira etapa foi equilibrada. O México partia mais para o ataque, enquanto o Uruguai se defendia. Contudo, não estava recuado, também criava bons lances. O contragolpe era a arma mais perigosa dos uruguaios.

Quando a etapa inicial já se encaminhava para o empate, o Uruguai conseguiu o gol. Suárez abriu o marcador para a seleção sul-americana.

No segundo tempo, a tônica da partida mudou um pouco. Os uruguaios criaram as melhores chances e foram mais para o ataque. Já o México se defendia e tentava os contra-ataques. Àquela altura, a seleção mexicana estava classificada mesmo perdendo. E assim mesmo, tentou marcar o gol de empate.

Aos 48 minutos, o árbitro apitou o fim de jogo. Ambas as seleções foram classificadas para as oitavas de final do Mundial. O Uruguai terminou em primeiro do grupo, com sete pontos. E o México em segundo, com quatro pontos. As duas seleções esperam os adversários na próxima fase, que sairão daqui a pouco dos dois últimos jogos do Grupo B. Por enquanto, o Uruguai enfrenta a Coreia do Sul. E o México pega a Argentina.

Espanha mostra sua cara contra Honduras

Nesta segunda-feira, a Espanha mostrou para que veio. A seleção europeia derrotou a fraca Honduras pelo placar de 2 a 0. Os gols da equipe foram marcados por David Villa, que ainda perdeu um pênalti.

O jogo foi praticamente todo dominado pelos espanhois. Sem dúvida, melhores tática e tecnicamente. Assim, na primeira etapa ainda, a Espanha chegou ao primeiro gol. Um belo chute de Villa que foi parar no ângulo do goleiro adversário.

Na segunda etapa, a Espanha aumentou a vantagem aos cinco minutos. Novamente, David Villa acertou a rede de Honduras e ampliou o marcador. O jogador ainda desperdiçou a chance de marcar o terceiro gol em uma cobrança de pênalti. Final: Espanha, agora com mais chances de classificação, 2 e Honduras, praticamente fora da Copa, 0.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Chile vence e se aproxima da classificação

Agora há pouco, o Chile venceu a Suíça e sua sólida defesa por 1 a 0. E poderia ter feito mais se não fosse os erros dos atacantes chilenos.

A primeira etapa foi de pressão chilena e marcação forte da Suíça. Isso era óbvio. Com o melhor ataque, o Chile criou boas oportunidades. No entanto, esbarrava na defesa fechadinha da seleção europeia.

O segundo tempo foi mais agitado. Mais chances de gol. E melhor: saiu um. Demorou, mas saiu. Aos 30 minutos, de tanto pressionar a equipe chilena conseguiu abrir o marcador. Gonzalez recebeu cruzamento da direita e cabeceou pro fundo da rede do goleiro suíço. Detalhe: o atleta que cruzou para Gonzalez estava impedido quando o acionaram. E o bandeirinha nada assinalou.

Com a vantagem no placar, o Chile continuou melhor em campo. Desenvolveu lances mais perigosos e não deixava a seleção da Suíça chegar com perigo ao campo de ataque. Foi assim que a seleção sul-americana quase marcou mais gols. Não fosse a ineficiência dos atacantes e principalmente do jogador Paredes, que entrou na segunda etapa, o Chile venceria por mais gols de diferença.

A seleção da Suíça ainda assustou nos minutos finais, mas o jogador desperdiçou uma ótima chance de empatar o marcador. Com o resultado, a equipe europeia permanece com três pontos e tem oportunidade de classificação. Já o Chile está praticamente classificado. Precisa somente torcer por um empate entre Espanha e Honduras, que jogam às 15h30.

Goleada portuguesa, com certeza!

Sete! Sete gols contra a pequena Coreia do Norte. Nenhum gol dos asiáticos. Esse foi o placar final de Portugal 7 x 0 Coreia do Norte. Uma grande goleada na Cidade do Cabo.

Início de jogo. Problemas na armação de jogadas portuguesas. Boa marcação da defesa norte-coreana e contragolpes rápidos e perigosos. Filme repetido? Parecia muito Brasil x Coreia do Norte. E com a equipe asiática ainda mais ofensiva, criativa. E, principalmente, perigosa. Tae-se incomodava.

Esse equilíbrio até que durou muito tempo. Só aos 29 minutos a seleção portuguesa começou a se destacar mais. Foi quando saiu o primeiro gol do jogo e da etapa inicial. Tiago lançou para Raul Meireles abrir o marcador (e a porteira).

O segundo tempo começou mais movimentado. Portugal no ataque e em busca do gol. Ele não demorou a sair. Aos 8 minutos, ótima trama dos jogadores portugueses e gol de Simão. E a seleção queria mais. Três minutos depois, jogada área e Hugo Almeida aproveita o cruzamento e marca o terceiro gol.

Se não bastasse os 3 a 0, Portugal ainda fez mais um quatro minutos depois, aos 15. Dessa vez, Cristiano Ronaldo cruzou para Tiago. O meia não bobeou e colocou a bola na rede.

Com a vantagem de quatro gols no placar, a seleção portuguesa era dominante em campo. A Coreia do Norte ficava cada vez mais perdida. Portugal deu uma folga aos norte-coreanos e só foi marcar mais gols a partir dos 36 minutos. Liédson entrou em campo e já deixou o seu também. Cruzamento na área, falha da zaga adversária. A bola sobrou para o atacante brasileiro, que não desperdiçou e fez o quinto gol português.

Não perca as contas: 5 a 0 para Portugal. Aos 42, Cristiano Ronaldo também marcou e desencantou, após ficar dois anos sem fazer gol com a camisa da seleção. O jogador dominou a bola de forma estranha, mas conseguiu bater na saída do goleiro.

Ainda sobrou tempo para o sétimo (isso mesmo!) gol. Outro lançamento aéreo. E mais um gol de Tiago. O meia cabeceou e mandou pro fundo das redes. E fechou a conta: Portugal 7 x 0 Coreia do Norte. A maior goleada da Copa de 2010 até agora. E o maior vitória da seleção portuguesa na história dos Mundiais. E Portugal diz: "Que venha o Brasil!"