sábado, 15 de fevereiro de 2014

Virei um chato?

Olho os grupos de amigos no metrô. Certamente irão para alguma balada, um bar ou coisa do gênero. Nem a chuvinha deliciosa do sábado à noite desanima o povo. Mas tamanha euforia naquelas rodas, pra mim, parece mais do mesmo. Empolgação instantânea, como se nada mais viesse a existir além daquela noite. Tempo escasso, "se joga".

Realmente muita gente se joga. E o pulo é tão grande que o resultado só é visto no dia seguinte. Bebida atrás de bebida, goles e mais goles ingeridos como se não houvesse amanhã. Tudo junto e misturado. Normal. Pois já não enxergo assim. Prefiro minha cama ou meu sofá aos embalos fervilhantes de sábado à noite. Virei um chato.

Solto minhas pernas, estico-as no sofá. Outrora, ambas estariam em pleno movimento nas pistas de dança de balada. Confesso que não abandonei o calor da madrugada paulistana, só ando mais caseiro. Um tantinho cansado de mesmice, sons em máximo volume e pessoas sem a consciência do que realmente estão fazendo. Gosto, não minto, mas a solidão a dois (eu e meu alter ego) se revela a melhor opção.

Cruzo e descruzo as pernas; levanto e como algo; penso, em bobagens e seriedades. Somente sinto os minutos e as horas passarem até que o sono chegue e me tome de assalto. Daqui a dois meses, faço 22 anos. Mas estou (ou será que sempre fui) ficando velho.

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