quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Aventura do não-pensar

Um minuto de silêncio. Comunicação interior. Meus pensamentos vêm e vão como uma avalanche. Eles me dominam, peço liberdade. Convocam-me a reflexões, quero paz interior. Peço muito?

O mundo lá fora é veloz. A agitação, busca de soluções rápida também vem até mim. Mas não é o que quero hoje, no penúltimo dia de 2010. Um pouco de sossego, onde consigo? Preciso de respostas rápidas assim como o desenrolar das ações do espaço globalizado.

Fuga? Não, é demais para mim. Horas a fio de sono também não é uma boa alternativa. Vamos à próxima. Sair por aí sem destino certo? Eis uma oportunidade interessante. Falta-me coragem. Será necessária ou basta um impulso, interrogo.

Sobram dúvidas. Restam incertezas. Faltam decisões. É disso que necessito: uma boa dose de agressividade, misturada com uma pitada de espírito aventureiro. Vamos tentar? Experimentar é a alma do negócio. O que mais quero e preciso nas horas derradeiras deste ano e nas primeiras de 2011.Correr o risco surge como uma grande chance.

A madrugada silenciosa junta-se à escuridão aqui neste quarto. Meu desejo agora era sair sem rumo. Vontade impelida, afinal ainda temo. Tenho um futuro para zelar. Por outro lado, meu espírito de jornalista me chama pra novas experiências.

Hoje, não vou depender. Não quero ouvir, nem falar. Ver e observar acima de tudo. O momento pede silêncio, é o que lhe dou, então. Sairei pelas ruas. Destino? Minha rota está em branco, completarei ao longo do caminho. Quero impressões, sons, cheiros desta cidade onde vivo. Da qual quase não desfruto.

Não basta sair por aí. Clamo por minutos de silêncio absoluto. Não quero nem ouvir minha voz. Tão somente escutar os sons naturais, da vida, do meu interior. Nada de sentimentalismos, apenas ouvir a voz que pede por um breve descanso. Sossego que ainda não veio e infelizmente impedi. Detalhe: minhas férias estão no final. As decisões tornam-se urgentes, então.

São quase 3 horas da manhã, ou já passou e nem vi. Não importa, sinto o prazer de escrever tudo isso. Para alguns, meras palavras combinadas. Para mim, expressão libertadora. Golpe mortal nas raízes de meu sofrimento. Arma contra o ócio entediante. Escudo que me protege e fortalece. O texto me dá energia.

Me perdi. Respiro fundo, deito a cabeça no travesseiro. Os olhos não fecham, sou forte, estou forte. Uma pausa. Penso em dormir. E rumo para a concretização do meu pensamento. Boa noite! Vou começar já minha aventura em direção ao não-pensar.

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